A progressista Extrema, a meio caminho entre Pouso Alegre e São Paulo, parece mesmo fadada a continuar ilustrando as paginas policiais. A PC ainda nem fechou as investigações sobre o caso Larissa, de repercussão nacional, e já tem outra morte suspeita para investigar!
Embora os protagonistas da vez tenham menos brilho ou visibilidade social que a jovem universitária, seu namorado modelo e seu algoz empresário da moda, o motivo para o sinistro é bem parecido: paixão!
Chamados por populares ao pé da noite de quarta, 18, os anjos do SAMU de Extrema encontraram o cidadão Rafael Freitas Timóteo da Silva perto da rodoviária, – que concidencia! – completamente nú e em chamas! Levado para o hospital da cidade, ele ainda teve tempo de narrar seu infortúnio…!
– Eu estava passando pela escadaria de acesso à rua Egidinho quando de repente apareceram duas pessoas e me mandaram tirar a roupa… Aí jogaram um liquido sobre o meu corpo e atearam fogo!
Ao registar o fato os policiais militares interpelaram a ex-companheira de Rafael, Celiane Freitas Bertolotti, suposta pivô do sinistro. Segundo Celiane, há cerca de quatro meses ambos haviam terminado o relacionamento. Mas Rafael não aceitava!
– Ele me enviou uma mensagem de texto dizendo: “Prefiro não viver do que ficar sem voce!”. Se você não voltar, vou me suicidar… – teria dito o ex-companheiro.
Rafael não resistiu aos ferimentos causados pelas queimaduras. Seu corpo passou por exame de necropsia na manha desta sexta, 20, no IML de Pouso Alegre. Além das queimaduras de primeiro e segundo grau em quase cem por cento do corpo, Rafael tinha também dezenas de tatuagens! Figuras tais como “Coringa”, bola de bilhar, anjo, figura feminina oriental, palhaço…! E as mensagens “Amo a vida; namoro a morte”; “O promotor é só o homem, Deus é o Juiz”; “Ryan” e “Josefa”. E a mais contundente e provável causa da morte: “Celiane, amor eterno”!
Celiane, o amor eterno de Rafael, informou ainda ao policiais que antes do fato teria visto o ex amasio no local dos fatos portando dois vidros de álcool. E disse mais.
– Ele comprou o álcool na mercearia do Marçal, no bairro Roseira! – afirmou ela.
Rafael Freitas Timoteo da Silva, 24, natural de Osasco-SP, tinha duas passagens por trafico de drogas no Estado de Minas.
Teria sido mesmo suicídio? Ou assassinato por vingança? Desacerto de drogas? Ou queima de arquivo?
Em tempos de pessoas fingidas e dissimuladas, como vimos no “caso Larissa”, é bom não acreditar na primeira impressão…
Este é mais um caso para o cauteloso delegado Valdemar Lidio e seus atentos pupilos investigarem!