Passava pouco do meio dia desta segunda quando a caminhonete do supermercado Alvorada entrou nas barbas do bairro mais violento da cidade, com destino à agencia bancaria do Bairro do Cruzeiro. Apenas duas pessoas ocupavam o veiculo: o motorista e uma contadora. Levavam com eles um malote recheado; 90 mil reais!
Quando passavam pela Travessa Vereador Antônio Rios, no bairro Costa Rios, de repente um Fiat Uno branco entrou na frente da caminhonete caracterizada da firma, obrigando o motorista Ademir Costa pisar no freio. Antes que ele tivesse tempo entender a barbeiragem do motorista do Uno, este saltou do carro colocou um capacete, sacou uma pistola e exigiu o malote!
Tão logo o assaltante passou a mão nervosa no saco de dim-dim, antes mesmo que ele assoviasse, Tornado – o cavalo do Zorro – apareceu, quero dizer, surgiu uma motoca preta para resgatá-lo! Sem mais delongas o assaltante do capacete vermelho saltou na garupa do tordilho e dobraram a serra do cajuru em direção ao bairro Foch.
Quando os homens da lei chegaram restou aprender o Fiat Uno ainda atravessado na rua, sem dono, provavelmente roubado apenas para interceptar o ‘carro pagador’.
Apesar da segurança e facilidade para os ladrões, roubos deste tipo andavam um pouco fora de moda. Nestes casos as vitimas costumam subestimar a inteligência dos meliantes. Acham que os meliantes não sabem o que eles não fazem na ‘hora do recreio’! Esquecem que mente vazia é oficina do diabo. Quem não trabalha tem tempo de sobra para sentar na esquina e passar horas observando a rotina dos estabelecimentos comerciais para saber a hora certa de dar o bote.
E Esta não foi a primeira vez que o malote do Supermercado Alvorada trocou de dono e foi parar nas mãos de ladrões. A mais marcante aconteceu no inicio de 2006. O malote estava guardado no apartamento da matriarca dos bem sucedidos empresários, no 9º andar de um prédio de apartamentos no centro de Santa Rita do Sapucaí no final de semana quando os assaltantes chegaram. Naquela ocasião levaram o cofre com R$ 900 mil. Boa parte era cheques! Semanas depois encontramos o cofre na beira da estrada… Vazio!