Desde tempos imemoriais crianças, adolescentes e jovens brigavam na escola… Quando a diretora ou professora pegava os brigões pelos braços, levava para diretoria e perguntava:
– Porque vocês brigaram?
Um deles respondia:
– Porque ele “buliu” comigo!
As brigas especialmente entre estudantes atravessaram os tempos e recentemente descobriram o termo inglês para denomina-las: “Bullyng”!
Talvez o “buliu” fosse desde outrora corruptela do charmoso Bullyng inglês, pois ambos os termos significam a mesma coisa: Bully = Valentão, que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas a uma pessoa – considerada ‘inferior’ ou simplesmente diferente.
O próprio termo “buliu” já denotava um tom caipira, simplório da pessoa que o pronunciava! Ou seja; o “buliu” dito pela vitima era motivo para “bulir” ainda mais!
As consequências advindas do “buliu” ou “bullyng” às vezes ultrapassam as linhas das lesões corporais e entram no campo das lesões fatais!
João Bobo, personagem de uma musica sertaneja raiz da dupla já falecida Tião carreiro & Pardinho é o exemplo clássico do “bullyng” nas ruas com desfecho fatal! Cansado de ser “bulido” pelos molecões na rua, um dia João Bobo revida atirando uma pedra na direção dos “bulidores”! A pedra acerta um garoto inocente que ia passando e o mata…!
O pobre João Bobo, a vida toda insultado na rua, senta no ‘banco dos réus’ e parece fadado a uma condenação minima de seis anos de cadeia! No entanto, repetindo uma curta frase cinco vezes no tribunal, o advogado consegue absolver João Bobo!
O “bullyng” na ocasião deu uma trégua…!
Mas nunca abandonou as ruas e escolas!
No inicio da tarde desta quinta, 11, o “buliu” fez mais duas vitimas… Por enquanto leves! Na verdade o desfecho aconteceu hoje. Mas o “bullyng” vem acontecendo há tempos!
Cansada de ser “bulida” pela colega, ontem a garotinha M.E.A.S., 12 anos, resolveu aparar as arestas e deu uns safanões na “bulideira” C.H.R.C.! Hoje a ‘bulideira’ foi à forra. Mas não foi só. Levou com ela a mãe Rosemeire de Fatima Rodrigues do Couto, 48 e um desconhecido que parece ser o pai! Quando chegou ao Colegio Estadual José Marques de Oliveira no inicio da tarde, antes de entrar na escola, M.E.. entrou no borralho. Sobrou até para colega C.S.M. também 12 anos.
Quando os homens da lei chegaram ao local para registrar os fatos, a “bulideira’, sua mãe Rosemeire e o cidadão não identificado que as acompanhavam, já haviam dobrado a serra do cajuru. Pelas agressões praticadas contra as garotinhas de 12 anos, Rosemeire de Fatima, cujo endereço é um salão de beleza da Rua Afonso Pena, mas mora no Bairro Canta Galo, deverá assinar o 129 do CP.
Se ficar só nisso, terá ficado barato, pois muitas historias de “buliu comigo” já viraram historias de João Bobo…!