A frase de indignação mais usada pelo cidadão de bem para se referir aos presos é: “Vai trabalhar vagabundo”…! Onde há espaço para tal, as tentativas quase sempre redundam em fugas para o lado externo ou entrada de objetos proibidos para o interior dos presídios! No sistema prisional convencional, preso trabalhar é quase impossível…
No sistema APAC de cumprimento da pena isso é uma realidade… Na APAC o ‘recuperando’ tem a oportunidade de trabalhar para o seu sustento e levar vida social, física e espiritual sadia, indispensável para se reintegrar à sociedade. Vida social que muitas vezes ele nunca encontrou e talvez nem vá encontrar na sua comunidade, no seu habitat natural!
No sistema APAC é possível “matar o criminoso” que habita o homem e ressuscitar o cidadão para a sociedade.
Enquanto no Hotel do Juquinha e tantos outros presídios Brasil afora mal chega a 10% o numero de presos que se recuperam, na APAC acontece o inverso… De 85% a 90% por cento se tornam ‘homens’, outra vez!
Quando noticiamos que determinado meliante saltou o muro sem guardas da APAC e dobrou a serra do cajuru – pelo menos na baixada do Cajuru ele terá que passar para chegar à Pouso Alegre! – não é motivo para stress. Ele é um dos “dez por cento” que teve recaída ou não se adaptou ao sistema!
Alem dessa chance real – única – do recuperando mudar de vida, outro fator de suma importância… Ele custa para o contribuinte menos de um terço do preso hospedado no Hotel do Juquinha!
Mas ele precisa fazer a sua parte…! Ele precisa querer e se esforçar.
Assistir o condenado em suas necessidades humanas básicas… Esta é proposta da Apac.
Isso é o que um seleto grupo de funcionários e voluntários vem fazendo desde o final de 2003, quando a APAC de Pouso Alegre foi fundada! Tudo naturalmente supervisionado pelo representante do Ministério Publico e pelo Juiz da Execução Penal, por que, ao contrario do que a sigla às vezes deixar conotar, na APAC o preso só muda de nome e de hábitos! Mas as privações legais são cumpridas como se ele estivesse num presídio comum. As regras na verdade são até mais duras…! Tanto que alguns desistem de si mesmos para viver o ócio atrás das grades do Hotel do Juquinha!
A Apac, uma criação do advogado Mario Ottoboni em São Jose dos Campos há 41 anos, está alastrada pelo país e já foi até exportada para a terra do Tio Sam.
Há muito que se falar! Há muito que se conhecer sobre a Apac… seus desafios, suas vantagens, sua família…!
Estas fotos ilustram um pouco do que é a Apac de Pouso Alegre, instalada em uma área de cerca de seis alqueires às margens da rodovia MG 290, onde 200 recuperandos -homens e mulheres, tentam matar o criminoso – que trazem dentro de si – para salvar o homem…!
Para finalizar… Conhece este?
E esteVidas paralelas e muito semelhantes. Pelo mesmo motivo Gilmar está hospedado na Apac.
Qual deles tem melhor qualidade de vida…!!!
Não existe recuperação sem oportunidade.
Conheço duas pessoas que saíram do mundo do crime graças a APAC.
Muito bom!
Boa tarde Airton.
Somente corrija o titulo da foto onde estão trabalhando na montagem de componentes para Invicta, logo após “Funilaria e Pintura”.
Obrigado !
Abs,
Boa Noite Airton,
Como se dizem tem que dar oportunidade a aqueles que querem ter uma oportunidade na vida, trabalhar e ser alguém perante a sociedade, eu era contra a criação da APAC, um pé atrás, mas hoje vejo o trabalho e concordo da criação APAC, para muitos presos até mesmo alguns que foram para lá apenas como corretivos ao invés de ficar trancados no Hotel do Juquinha, serviu de lição, como dizem “mente vazia, oficina do diabo”, agora acho que este trabalho deve ser levado mais serio e sem muito politicagem pois o que acontece sempre no Brasil a politicagem acaba com as coisas boas infelizmente. Parabéns a todos os envolvidos pela APAC.
Parabéns pela reportagem, muito bem feita!
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