Você meu estimado leitor com certeza já ouviu alguém dizer: “Fulano colocou o cabrito para vigiar sua horta…”. Pois é. Glaysson Alessandro Correia não sabia que Samuel Marques da Costa era um bode velho no crime, mas foi isso que ele fez.
Glaysson está finalizando sua obra casa no bairro Colina do Bandeirantes. Para fazer o acabamento, contratou o pedreiro Samuel Marques da Costa, baseado na indicação do pedreiro antigo e passou as chaves da casa para ele. Quando chegou para vistoriar a obra no final da tarde desta quinta, 28, não o encontrou mais…! E não encontrou também o compressor de pintura, a caixa de som, a TV 14 pl., o fogão de bancada, a lata de tinta fechada e os materiais elétricos!
Depois de muito investigar e procurar pela cidade, na companhia da policia militar, lá pelas onze da noite finalmente Glaysson encontrou Samuel Marques perto de sua casa na Oscar Dantas, no velho Aterrado. Interpelado o pedreiro de araque contou uma historia muito interessante.
– Homem do céu, cadê minhas coisas?
– A lata de tinta eu vendi para o ‘Sebastião’ por 120 reais para pagar uma divida de drogas… O resto das coisas foi o Fabinho que pegou. Ele estava ameaçando me matar por causa de R$2,8 mil reais que devo de droga para ele, por isso eu deixei a porta da casa aberta para ele pegar o quisesse.
– Quem são essas pessoas, o Sebastião, o Fabinho…?
– O Sebastião eu não sei não! Eu o encontrei na rua e vendi a lata de tinta. O Fabinho é um traficante de Santa Rita do Sapucaí que me vendia fiado…
Para a justiça o crime do ‘cabrito que ficou vigiando a horta’ no Colina dos Bandeirantes pode se enquadrar no artigo 168 ou no 155. Tanto faz. A pena é a mesma, de 1 a 4 anos de cana.
Para Samuel Marques da Costa, 29 anos não faz qualquer diferença. Até porque ele está na caminhada desde 2007. Já assinou 155, 157, 129, 168, 171… E já se hospedou em vários hotéis do contribuinte da região, incluindo Alfenas e Hotel do Juquinha.
‘Mui amigo’ o pedreiro que indicou o “cabrito” Samuel para cuidar da obra do Glaysson Alessandro…