Ao passar por uma rua do bairro Inconfidentes em São Gonçalo do Sapucaí, ao pé da noite desta terça, 05, os homens da lei notaram que o jovem Andrei Oliveira Silva dos Santos, 21, estava meio inquieto, como tivesse uma pulga atrás da orelha ou culpa no cartório. Resolveram abordá-lo. Nada de ilícito com ele. Apenas R$ 640 reais em cédulas diversas…

Andrei: Não sei de quem é essa droga, não…

– Qual a procedência deste dinheiro? Perguntaram os policiais.

– Ganhei da minha avó…

– A troco de quê?

– Ahnn, a toa, seu guarda.

– Explica melhor esta historia!

– Na verdade foi um caminhoneiro que me deu na Fernão Dias!

– !!! Piorou!

No momento em que os policiais tentavam ouvir uma estória mais convincente, o celular de um deles vibrou…

– Este rapaz mora na casa em frente com uma namorada. Aí tem uma movimentação danada de pessoas todo dia! Este cara está vendendo droga, pode procurar no quintal que vocês acham… – Dizia a voz firme de um amigo oculto da lei, nalgum ponto da rua, de onde assistia a abordagem.

Bateram na porta da casa indicada. Junia Eufrásio Fernandes, 26,

Junia Eufrasio: Aqui não tem nada ilegal…

disse que não tinha nada a esconder.

– Pode entrar seu guarda… aqui não tem nada ilegal, não.

Mas tinha. Tinha sim. Balança de precisão só tem uma utilidade… pesar drogas! A balancinha manual estava mocosada no braço do sofá da sala. Ao pé do muro no quintal havia um potinho plástico enterrado, com 06 pedras de crack. Na casa havia também um punhado de camisetas embaladas, como se tivessem acabado de sair da loja, sem comprovante de procedência…

Junia Eufrásio e Andrei Oliveira juram pela alma do vizinho que não sabem de quem são a droga, a balancinha e as camisetas. E eu juro de pés juntos que minhas também não são. Pode pendurar!

Bem, como a materialidade do crime estava na casa de Junia e Andrei, eles assinaram o 33 e mudaram de casa. Agora moram no Hotel do Juquinha… – O velho Hotel dos Inconfidentes foi desativado há dois anos por falta de segurança.