Os detetives Diego e André acabavam de sair do plantão noturno da Delegacia Regional de Pouso Alegre quando a informação chegou…
– “Renata” tem meio quilo de farinha mocosada em sua casa!!!
Uma hora a mais de trabalho não mataria ninguém! Anotaram o endereço e foram para o local, no bairro Cidade Jardim. Não havia ninguém em casa. Estacionaram nas imediações e ficaram de campana, esperando a dona da casa chegar.
O sol se levantou, a manhã se foi, o estomago roncou, a tarde chegou, o dia passou o sol se inclinou… E nada da suposta traficante abrir a casa!
Mas a informação do amigo oculto da lei era fidedigna…!
Antes que a noite caísse e todos os gatos se tornassem pardos, o delegado oficiou ao juiz de plantão solicitando o Mandado de Busca e Apreensão. Com autorização do homem da capa preta os detetives Diego, Andre, Fernando Jardim e Elciane voltaram a bater na porta da casa de Renata. Desta vez não usaram o dedo médio dobrado… Usaram o bico da botina!
Como determina a lei, na presença de dois ‘galos’, reviraram o mocó… A droga estava mocosada no guarda roupa da jovem.
Com a prova do crime nas mãos os policiais foram procurar a dona da droga na casa da mãe dela, a poucas quadras dali, mas encontraram apenas uma balança de precisão. Renata do Nascimento, 22 anos, pressentindo o perigo, afinal, quem tem culpa no cartório, dorme com um olho aberto, havia dobrado a serra do cajuru.
Os policiais suspeitam que o meio quilo de farinha que, ‘enriquecida’ com maizena, cal virgem, polvilho e outros componentes pode chegar a um quilo e meio e render R$ 15 mil reais, seria levada para o Hotel do Juquinha, onde atualmente se hospeda o namorado de Renata.
Apesar de ‘campanada’ pelos detetives por mais de oito horas em pleno domingão quente de janeiro, Renata não caiu nas malhas da lei… mas enroscou-se! A batata está assando pra ela.