O grande erro do meliante é acreditar na “impunidade eterna”. Cometeu o crime ontem e escapou… Comete hoje e continua ileso! Mas um dia a casa cai! Pote tanto vai à fonte… um dia volta quebrado!
Quebrou cedo o do jovem Fernando do Prado Santos, 24 anos, residente em Congonhal. Sem estudo e sem profissão definida, ele trabalha como lavador de batatas. Nas horas vagas faz bico no comercio e distribuição de ‘pedras’ e ‘farinha’…
Como faz seu comercio sempre longe da vista dos homens da lei, Fernando acha que nada vai acontecer com ele.
Aconteceu!!!
O bote da policia militar, atendendo denuncias de amogos ocultos da lei, aconteceu no inicio da madrugada desta sexta. Ele disse que estava nos braços de Morfeu quando viu os homens da lei arrombando portas e janelas.
-Pensei que era o fim do mundo – contou-me Fernando, indignado, achando-se inocente…
– Eu não vendo droga não, doutor! Eu trabalho de lavador de batatas. Estou desempregado no momento, mas eu trabalho quando tem serviço. –Curiosamente estamos em plena época de colheita da batata na região.
– Não, os zomi não pegaram nada comigo, não! – insitiu ele.
Não mesmo. Pegaram no muquifo dele! Um pedra media de crack, 7 pedrinhas embaladas para comercio e uma balancinha de precisão para pesar ‘farinha’…
Lembram do verbo “guardar” descrito no artigo 33 da Lei 11.343? Pois é. Guardar e traficar é a mesma coisa. Dá de 5 a 15 anos de cana.
Fernando, o lavador de batatas que enquanto descansa carrega ‘pedras’ e ‘farinha’, teve uma noite dura! Amancheceu com pulseiras de prata na DP de Pouso Alegre. Depois de sentar-se no piano da delegada de plantão, finalmente poderá descansar… Foi curtir umas ferias no Hotel do Juquinha!
… Quebrou o pote!