Mistério da meia noite… em Extrema

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Parecia cena de filme de Alfred Hithcock! Meia noite. Márcia Cardoso Dias voltava de um velório pelas ruas desertas da progessista Extrema. Em dado momento ela percebeu a sombra de um vulto atrás de si. Apertou o passo. Quando criou coragem para olhar novamente, lá estava o  vulto sinistro, com a cabeça quase encoberta por um capuz, seguindo seus passos. Antes que Márcia olhasse pela terceira vez, o ‘vulto’ cutucou suas costas e falou;

– Pare! É um assalto!!!

Se Márcia já estava com medo da assombração da meia noite, do ladrão teve muito mais! Fez exatamente o inverso do que ele mandou. Partiu em desabalada carreira pela rua afora gritando por socorro. Ao ver as primeiras janelas se abrirem, o assaltante sinistro desistiu do roubo… correu na direção contraria…

– Ele era baixinho, estava de tênis, bermuda azul, camiseta branca e tinha uma bluza cinza com capuz… Tinha também uma arma que encostou nas minhas costas! – Contou Márcia aos policiais, enquanto tomava um gole de água com açúcar na casa da irmã, ali perto.

Meia hora depois a policia militar voltou com Renato Mendes de Brito e uma faquinha de cozinha marca Tramontina.

– Foi esse mesmo, seu Guarda – Afirmou Márcia

– Quando eu voltei para casa, mais cedo, ele andou me seguindo também – corroborou a irmã mais velha.

Renato Mendes, 30 anos, não é tão assustador assim, mas na penumbra da meia noite numa rua deserta, “todos os gatos são pardos”…

Márcia teria gritado e corrido muito mais se soubesse que Renato é ‘cadeieiro véio’. Ele vive às turras com a lei desde 2001. Tem furtos, roubos, agressões, porte de arma e até um estupro.

Pela tentativa sinistra de assalto à meia noite desta quinta, 06, ele assinou mais um 157 na DP de Pouso Alegre. Renato voltou no final da manhã desta sexta para o velho hotel do contribuinte de Extrema, de onde saiu no ultimo dia 29 de novembro.

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