Outro dia parei com a família na Vista Chinesa, no alto da serra de Campos do Jordão, para curtir a fantástica vista da Serra da Mantiqueira e saborear as delicias do milho verde. Enquanto eu comia uma deliciosa pamonha e minha esposa comia o milho cozido, um quati belo e faceiro, já domesticado pelos turistas, se aproximou e veio comer em nossa mão. Mas o danado não queria apenas sobras e migalhas… Aproveitando minha distração ele deu um pulo, deu um bote, pegou a pamonha inteira da minha mão e desceu rapidamente o barranco se embrenhando na mata fechada…
No inicio da madrugada desta quinta, no bairro Aeroporto em Ouro Fino, aconteceu um crime parecido, mas foi protagonizado por um rato… E a res furtiva não era pamonha! Era celular.
O cidadão Caio Almeida Medau caminhava pela rua deserta, quando o ratão de madrugada Alex de Souza e Silva, 30 anos se aproximou de mansinho, puxou prosa, convidou o mocinho para ir a sua casa e de repente deu um bote no celular na sua mão e saiu correndo em direção oposta. Caio usou o orelhão para chamar os homens da lei. Meia hora depois o ratão que já havia trocado de camiseta, para confundir a policia, caiu nas malhas da lei.
Na DP de Pouso Alegre o rato imitou o quati… Não disse uma palavra! Mas a pamonha, quero dizer o celular na algibeira da bermuda falou por ele. Alex assinou o 155 e desceu para a mata fechada do Hotel Menino da Porteira.
A diferença entre o crime do faceiro quati de Campos do Jordão e o tenebroso rato de Ouro Fino, é apenas nas letras “a” e “u”. O quati cometeu um crime famélico, furtou a pamonha para saciar a fome… O rato cometeu crime “fumélico”, furtou o celular para fumar crack…