Maconha no fogão à lenha… – Cicatrizes do cárcere!

Em 2000 as irmãs Poliana e Emiliana então com 14 e 17 anos queriam namorar os irmãos Rodrigo e Reinaldo Borges, de 16 e 18, mas o pai delas era contra o namoro. Decidiram então tirar o pai, puritano evangélico do caminho… à bala!

Foi aí que o cidadão João Batista Podis Junior, com 22 anos, entrou de gaiato para o album da policia. Ele não tinha nada a ver com o peixe… Era apenas amigo das irmãs e quando elas resolveram eliminar o próprio pai ele emprestou o revolver 32 e foi com o quarteto lá para as bandas do Foch a pretexto de recuperar um aparelho de som roubado da casa das meninas ‘maluquinhas’. Na volta para casa, em um extenso terreno baldio que separa o Foch do velho Aterrado, ele passou a arma para os irmãos atirarem nas costas do ‘pastor’. Depois do crime ele guardou a trabuco dentro do fogão de sua casa.

O quinteto sem juízo e sem compaixão amargou anos e anos atrás das grades no velho Hotel da Silvestre Ferraz, até expiar a pena pelo covarde assassinato do ‘pastor’.

João Batista Podis Junior retomou a liberdade em meados de 2009. Pena e missão cumprida. Mas, quem passa vários anos vendo o sol nascer quadrado, convivendo com marginais de toda espécie, jamais será o mesmo. Pode até sobreviver fisicamente, mas as cicatrizes do cárcere ficarão para sempre na alma e no caráter. A pecha de egresso da cadeia vai andar de braços dados com ele, principalmente se voltar a viver no mesmo ambiente em que vivia quando cometeu o crime – A maioria dos egressos de cadeias não tem para onde ir… ou não tem forças e não encontra apoio para mudar  de habitat. Voltar a delinqüir é o caminho natural, é questão de tempo…

Na manha de sexta feriado nacional, enquanto toda a atenção das autoridades se voltava para o desfile cívico da Dr. Lisboa, os componentes de uma RP resolveram dar um giro pelo velho Aterrado. Ao verem João Batista sentado no portão de sua casa, na velha Rua Nova, pararam para uma prosa;

– E aí, Podis… tudo beleza?  Tem alguma coisa aí pra gente?

– ‘Tô diboinha, sargento. Se quiser pode entrar e dar uma olhada…

Eles quiseram! Entraram e passaram a procurar drogas. E encontraram! Ironicamente, 12 anos depois, dentro de um fogão à lenha havia um pote de margarina com 52 barangas de maconha. Debaixo de um pé de flor no quintal, uma balança de precisão…

João Batista Podis Junior, 34 anos, jurou de pés juntos que não sabia da existência da droga em sua casa.  Apesar do choro sem vela, não teve fita amarela… As provas e seu passado condenam!! Na DP ele assinou o 33 e foi conhecer o novo Hotel do Juquinha. É a vida…

 

0 thoughts on “Maconha no fogão à lenha… – Cicatrizes do cárcere!

  1. Caramba Chipis, esse seu jeito de narrar os fatos policias de P.A são muito bons, por sinal o blog todo é excelente, e suas tiradas não otornam cansativos. Não moro mais em P.A, mais leio seu blog todo dia, Viciei!! rsrsrs

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