Matei para não morrer: – Diz Sidnei Silva, o assassino do ex-cunhado e rival…

       A motivação para o 6º homicídio do ano em Pouso Alegre, o segundo no bairro São João este ano, já era do conhecimento da policia desde que ocorrera na madrugada do dia 21 de julho… Faltava a confissão do assassino.

Sidnei Silva, 39 anos, conhecido por Guela, sem passagens pela policia, apresentou-se espontaneamente ao  Delegado de Homicídios, Gilson Baldassari, na semana passada e confirmou o que já se sabia através de populares e familiares. Segundo ele, depois de ter se separado da irma de André Luis, ele passou a namorar a ex-namorada de André. O triangulo amoroso naturalmente gerou atritos entre os varões. Em uma das discussões entre eles, André ameaçou:

– Se você não deixar “minha mulher” em paz, da próxima vez que te encontrar, vou te matar – vociferou.

– Desde então eu também passei a andar armado… para me defender. Naquela noite, quando a gente se encontrou por acaso perto do bar do Juvenil ele veio em minha direção. Eu pensei que ia cumprir a promessa… Então peguei a faca primeiro. Foi um golpe só… Eu sai correndo para minha casa e ele correu na direção do pronto socorro rua abaixo…

Se Sidnei ‘Guela’ Silva estava disposto a matar por amor, a paixão de André Luiz Constantino não era menor. Segundo familiares, ele perdeu a namorada por causa de sua vida desregrada… Vivia sendo preso por furtos e envolvimento com drogas. Mas estava tão apaixonado pela jovem A. que estava disposto a abandonar a vida criminosa.

Levado por uma amiga da família, André estava fazendo tratamento em um clinica de recuperação de viciados em Congonhal. Foi numa destas recaídas que ele se aproximou do rival e acabou sendo esfaqueado.

Embora Sidney tenha ‘matado por amor’, ele responderá – em liberdade – por homicídio simples, cuja pena varia e 6 a 20 anos. No entanto, se os jurados aceitarem a tese de legitima defesa, considerando os antecedentes criminais de ambos, dificilmente Sidnei Guela conhecerá o Hotel do Juquinha…