Ele só tem 60 dias de vida. Mas sua historia começa no longínquo ano canino de 2008.
A entrada da fazenda Nosso Paraizzo, no bairro Vintém em Santa Rita do Sapucaí e o bairro dos Coutinhos, em Congonhal, tem algo em comum: ambos são pontos de abandono de cachorros!!!
Certa tarde de 2008 ao chegar à residência do Osvaldo, fui recepcionado por um minúsculo cãozinho viralatas. Ao ver o carro parar defronte o portão ele saiu correndo da varanda e veio latindo em minha direção. Mas, como todo bom viralatas, atravessou o buraco na cerca – aquele que fizera anos atrás para o Campeão – e veio cheirar a barra da minha calça. Tinha corpo e orelhas de pincher, pernas, cor, rabo e comportamento de viralatas. Também era menos ardido que um pincher… Osvaldo disse que viu quando o passageiro de um Uno prata abriu a porta e o soltou ali perto da igreja, dois dias antes. O cãozinho caído de mudança ficou por ali e como Osvaldo lhe deu comida, ele – o pincher espigado – o adotou. Na semana seguinte quando lá cheguei, não recebi as boas vindas do peralta cãozinho amarelo. Nem poderia! Ele estava amarrado…
– O que houve? O cãozinho cometeu algum crime para você prendê-lo?
– Cometeu, sim. Homicídio. Aliás, ‘galinhacidio’… O danadinho matou dois franguinhos e uma galinha. Vou ter que desfazer dele…
Quando cheguei em casa naquela noite, depois do futebol, disse à Tatiana, à queima roupa:
– Venha ver o Pingo. Veja se você gosta dele!
– Que Pingo? Do que você está falando…?
– Venha ver…
Foi paixão à primeira vista!… E uma torrente de perguntas, exclamações e chamegos!
-Oh, que gracinha! Onde você achou? Quem te deu? Como está magrinho! Como ele se chama. Coitado, está com fome… Parece Pincher! Que pêlo bonito! Hum, precisa tomar banho!!! Vamos arrumar uma casinha para ele. Não podemos deixá-lo aqui fora… O tigrão poderá bater nele…
Bateu um ciúme… Quase me arrependi de tê-lo adotado!
Pingo foi o décimo terceiro cachorro a integrar a matilha da fazenda naquele fim de ano. Vivia solto como todos os demais.
Quando Domênica, a única que tinha lugar cativo dentro de casa, entrou no cio, Pingo teve que morar com ela na area de serviço, para não ser estraçalhado por Atila, Tigrão, Rock Boy e outros. Nenhum dos gigantes alcançava a pequenina Yorkshire para copular, mas nenhum deles resistia aos seus ‘encantos de donzela’! Domênica ficou prenha pela primeira vez. Ainda bem. Assim ela poderia garantir a estirpe do Pingo, pois ele…?!
Mesmo sabendo que agora tinha uma casa definitiva para morar, uma bela e dengosa companheira e breve teria uma renca de filhos para criar, Pingo nunca deixou suas aventuras. O inverno de 2009 foi um dos mais rígidos dos últimos anos e chegou muito antes do dia 21. Chegou na primeira semana de junho. Alheio ao frio e suas obrigações, Pingo saiu – provavelmente – no inicio da noite para caçar lebre no cafezal ou quem sabe para pular a cerca com a cadela da vizinha… E nunca mais voltou. Teria ele se desesperado, ante a iminência de ser pai, e fugido de casa? Melhor seria se fosse apenas isso.
Quando tentou voltar para casa o portão estava fechado. Ele tentou entrar pelo vão da tela… mas seu destino estava traçado. Enroscou-se e ficou preso na tela, ao relento, na noite gelada. Na manhã seguinte, notando sua ausência, o caseiro saiu a procurá-lo. Seu pelo curto e dourado estava russo de geada. Pingo nunca mais anunciaria a chegada de alguém na fazenda. Foi sepultado sob o sol morno do meio dia, com as devidas honras, num canto do jardim. Seus três filhos do tamanho de ratos nasceram órfãos de pai semanas depois. O único macho da prole viveu apenas um dia. Uma das meninas foi doada tão logo aprendeu a manejar os talheres, quero dizer… desmamou. A outra, que se parecia mais com o saudoso Pingo, ficou morando na fazenda e foi batizada de Dominick! Uma indecifrável mistura de pincher-viralata com Yorkshire Terrier.
A melhor definição para Dominick talvez seja… “é uma figura”. Sapeca, estridente, corajosa e dócil. Se receber um cafuné ela deita e rola querendo mais. Aventureira… – achou o portão aberto ela vai passear. Já foi roubada duas vezes em Santa Rita e fugiu de casa outras duas em Pouso Alegre. Diferentemente da Lassie, que deita diante do portão, encosta a cabeça no chão fica olhando triste, esperando um aceno para correr atrás da gente, e não sai do lugar a não ser se for chamada, Dominick nem espera o portão eletrônico abrir direito… Quer ser a primeira sair na rua. E se não tomar uma sonora bronca vai passear cheirando aqui e acolá com suas perninhas curtas parecendo uma maquininha automática.
Estou com uma obra – interminável – em casa. Por isso temos que deixar o portão aberto. Para conter o espírito aventureiro de Dominick, tivemos que mantê-la acorrentada. Conseguimos evitar sua fuga mas não a natureza, não o seu cio… O namorado – talvez ela já tivesse mantido encontros secretos com ele em outras escapadas, não sabemos – veio de longe. Era um Poodle preto. Quero dizer Poodle-Vira, né. O fato de ter encontrado Dominick amarrada não diminuiu o assanhamento do macho. Aliás, deve tê-lo deixado ainda mais excitado, pois em poucos minutos ele fez a corte e… ‘apagou’ o fogo da Dominick! O resultado está aí… Este lindo “Pudinho Preto”, filho de Poodle-Vira com Yorkshire-Pincher-Vira, neto de uma pura donzela Yorkshire com um aventureiro Pincher-Vira…
O Pudinho Preto é fofo demais da conta. É a mais pura miscigenação das raças Pincher-Yorkshire-Poodle. Não deve crescer muito, mesmo assim em nosso quintal não há espaço para ele, sua mãe aventureira e o ‘pequeno’ Átila, filho de um legitimo Pointer Inglês com uma São Bernardo. Por isso ele está procurando uma nova família que queira adotá-lo.
A historia do fofucho “Pudinho Preto”, por enquanto dá menos de uma pagina. Mas você pode fazer dela um livro!!!
Topa? Quer levá-lo para sua casa?
como faço para ter este lindo filhote .vanessaa
eu quero adotalo,ele vai ser bem recebido por todos aki em cs,pois toods aki gostaram dele,queria tanto adotalo,se eu tiver o previlegio d adotalo elevai receber mt amor e carinho.pf me de ele prometo defendelo d td mal.alem do + ele faria a maior farra com o puff e com o espaik.ayra,13 anos,heliora-mg
Oh, Ayra, desculpe não poder atendê-la… O Pudinho Preto foi adotado no dia seguinte à postagem aqui no blog!
Abraços.
eeu qero, eu pago 800,000 mil reais nesse bebe lindoo *-*
Se possivel em uma proxima cria entre em contato pelo meu face Bany Camargo perdi a minha pincher que tinha 14 aninhos e preciso de outro pequeno em casa.Obrigado!!!
Olá Eliane,
Vou deixar anotado… Se Dominique tiver mais ‘deslize’ e aparecer de barriga, vou guardar um filhotinho para voce…
Abraços
É meu sonho ter podólogos mini eu quero