Paulinha levava crack … na bolsa de oncinha

Virada da noite fria de domingo em Cambuí. Através do celular a jovenzinha explicava ao cliente que estava  com a ‘encomenda’, mas estava à pé, não podia levar a droga até ele. Iria esperá-lo na esquina do estádio municpal, perto do azilo.

Um amigo oculto da lei que passava pelo local e ouviu o monólogo da garotinha soturna e solitária, digitou 190 e passou informações detalhadas sobre o crime de trafico de entorpecente que estava em andamento;

– “A garota está usando calça preta, blusa roxa e uma bolsa de couro imitando ‘oncinha’.

Quando os policiais chegaram ao local, Paula Cristina da Silveira, 20 anos, estava distraída, atendendo mais um ‘pedido’ através do ‘orelhão’. Na bolsa de ‘oncinha’ estava o pacote de pedras beges fedorentas, o aparelho celular com farta agenda de clientes do trafico e o ducumentos do amado, Vando Clayton da Silva, o Vandinho, atualmente morador do Velho Hotel da Rua Cel Lamber.

      Ao sentar-se ao piano do delegado de plantão, em Pouso Alegre, Paulinha explicou que vendia drogas para pagar um advogado, para soltar o namorado traficante, que está preso há três meses!!!

A historia da Paulinha é igual a de centenas de mulheres Brasil afora, que se prostituem, se drogam, se criminalizam pelos seus homens. Quando caem nas malhas da lei, nunca mais recebem a visita dos ingratos, pois bandido que é bandido, não freqüenta porta de cadeia. Elas são abandonadas por aqueles que tentaram ajudar…

Paulinha assinou o 33 e foi fazer companhia a Vandinho no velho hotel de Cambuí.

Pelo menos matou a saudade do amado….

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