Tecnico em informática vira assaltante de rua em Pouso Alegre

Erico Vitor Francisco: De Técnico em informatica a assaltante de adolescentes e donzelas...

Erico Vitor Francisco: De Técnico em informatica a assaltante de adolescentes e donzelas…

O roubo dos celulares e R$ 10 dos garotos aconteceu no centro da cidade, na Com. Jose Garcia, por volta de duas e meia da tarde. Para convencer os garotos de 15 e 16 anos a entregar seus bens, o assaltante usou a cara feia e avisou que levava um cano por baixo da camisa polo de corno, quero dizer; ‘cor sim, cor não’! Só não explicou se o cano era de plástico, de madeira ou de bambu! Na verdade era de carne e osso… do seu dedo indicador!

Tão logo o assaltante dedo-duro se afastou à pé os garotos colocaram a boca no trombone. Imediatamente a policia militar passou a observar os transeuntes de baixa estatura, de cor negra e cara de mau, usando calça jeans e camisa polo listrada nas cores do America Mineiro, andando com pinta de somongó pela cidade. Não tardou um sujeito com estas características passou por uma blitz de transito próximo à ponte do Rio Mandu na entrada do velho Aterrado montado numa Honda Titan 150 preta, placa HGY-2480. Era Erico Vitor Francisco. Documentos da motoca ele não tinha, mas os dois celulares e os dez reais dos garotos da Comendador Jose Garcia estavam na sua algibeira.

Ao ser reconhecido pelas vitimas no quartel da PM Erico Vitor Francisco não tentou tapar o sol com a peneira. E já que estava ‘derrubado’, confessou vários outros roubos do gênero na cidade nas ultimas semanas. Depois de assinar o 157 Erico Vitor Francisco, nascido em Tres Corações em 1979, voltou para o convívio dos manos no Hotel do Juquinha!

O assaltante de transeuntes, principalmente de garotos e de donzelas indefesas é velho conhecido da policia, especialmente deste blogueiro. Ele conheceu as pulseiras de prata da lei em 2001 por uso de drogas quando a Lei 6368 ainda mandava maconheiros p’ra cadeia. Como não conseguiu sustentar o vicio com recursos próprios, Erico Vitor, como – quase – todo viciado em drogas lançou mão dos recursos do vizinho! Foi preso por furto em 2007 e passou uma temporada por conta do contribuinte no Velho Hotel da Silvestre Ferraz.

Ao sair na véspera do Dia das Mães em 2009, para visitar a mãezinha na terra do Rei Pelé, sem recursos, o mais longe que ele chegou foi à ponte do velho Mandu no Aterrado. Naquele inverno uma serie de furtos assolou o centro da cidade, sempre no final das madrugadas de neblina gelada com ares de ‘fog londrino’. Para entrar nas lojas o ladrão usava o método do tempo do Piteco, o personagem pre-historico das revistas infantis do Mauricio de Souza… Pedras! Ele atirava pedras, tijolos ou qualquer objeto rombudo para ‘abrir’ as lojas e fazer suas compras! Antes de o sol mostrar os bigodes ele já havia trocado por pedra bege fedorenta nas incontáveis biqueiras do velho Aterrado.

As câmeras de segurança das lojas arrombadas mostravam seu perfil comum usando capuz. Não seria fácil identifica-lo em meio a tantos nóias que perambulam pela cidade nas horas mortas! Até que um dia, depois do quinto arrombamento, ele cometeu um deslize fatal! Ao invés de trocar toda a res furtiva por drogas, Erico Vitor segurou uma blusa roubada de uma loja e passou a usá-la. Foi preso usando a prova do crime na manhazinha de um sábado gelado, no momento em que se preparava para arrombar a Polo Play da Dr. Lisboa!

O ex-destruidor de vitrines nas madrugadas geladas de 2009 e atualmente assaltante de meninas e donzelas no centro da cidade, nem sempre foi ladrão. Houve um tempo em que ele levava uma vida normal e prospera… Até conhecer a famigerada ‘pedra bege fedorenta’ e desandar no crime. Do meio de uma família de quatro irmãos ordeiros e trabalhadores, Erico Vitor é tecnico em informática e já teve vários empregos bons em Pouso Alegre. Segundo me contou em 2009, ele já trabalhou com carteira registrada como auxiliar de produção nas empresas Invicta, Cimed, Princesa do Sul e Wise Case. Depois de desandar no crack e perder quase tudo que tinha a família ainda tentou ajuda-lo e o internou numa clinica de Tratamento e Recuperação em Três corações. Ali ficou ali 6 meses ouvindo falar de Deus, cuidando de horta e de trabalhos manuais. Conseguiu abster-se da droga neste período, mas, quando saiu não tinha o quer fazer, não tinha mais emprego e nem dinheiro. Em poucas semanas reencontrou a sedutora e cruel amiga… a pedrinha bege!

Sem grana para sustentar o vicio, o jeito foi apelar para a grana dos outros! Sem jogo de cintura para o crime logo caiu nas malhas da lei e se o problema era apenas hospedagem e alimentação, ele conseguiu de graça. O homem da capa preta o mandou para o velho hotel por 2 anos e 11 meses. Tendo cumprido um sexto da pena Erico ganhou o beneficio legal previsto na LEP, a saidinha do Dia das Maes”! Saiu de “alvarau” na véspera de um dos dias mais lindos do ano para ir visitar a genitora.

Mas o glamour de ter alguém te esperando na porta da cadeia no dia em que você sai, é coisa de cinema. A realidade é bem mais nua e crua. E Erico se viu do lado de fora da cadeia, sem lenço, sem documento e sem um tostão furado na algibeira nem para um PF, muito menos para viajar para a terra do Rei Pelé para dar um abraço na mãezinha. A viagem mais longa que ele fez sem dinheiro foi até a ponte do velho Mandu no Aterrado. Dormindo debaixo da ponte e no mato ali perto o técnico em informática voltou ao velho habito de surrupiar os bens alheios para sustentar o vicio trocando roupas e qualquer outro objeto furtado por crack na Toca do Lobo, até cair novamente nas malhas da lei.

Entre 2009 e 2012 Erico recebeu quatro condenações: Uma de 7 meses, outra de 2 anos e 4 meses, outra de 4 anos e a mais pesada, de 6 anos e 8 meses pelos arrombamentos das vitrines nas madrugadas de 2009. Esteve hospedado no Hotel do Juquinha até o inicio deste ano. No dia 28 de janeiro saiu em liberdade condicional. Se no começo da carreira criminosa achar caminho de casa já era difícil, depois de quase cinco anos vendo o sol nascer quadrado o recomeço foi ainda pior. Se é que ele tentou recomeçar! Desde então o ex-técnico de informática vive de bicos… Bica o celular de um aqui, de outro acolá e vai ‘bicando’, apenas bicando a vida!!!

Erico Vitor

Depois que os leitores virem estas fotos, é bem provável que o numero de vitimas que foram ‘bicadas’ por Erico com o dedo em riste por baixo da camiseta aumente e procurem a delegacia de policia para prestar queixas!

E tudo começou com uma bicada na erva marvada quando a lei que combatia o uso e trafico de drogas ainda era a charmosa 6368!

 

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