Jose Carlos de Oliveira, o Carlinhos, é um desses meninos que vi crescer. Ele era ainda “dimenor” quando começou passar a mão leve nas coisas alheias para trocar por drogas. Cansamos de dizer a ele para colocar as barbas de molho…!
– Para, garoto! Para enquanto é tempo! A sua batata está assando! Daqui a pouco você completa 18 anos e o caldo engrossa! Aí não serão mais custodia de 45 e 90 dias… Aí serão canas de quatro anos em diante!
Mas os conselhos eram todos de graça… Logo não tinham valor! Por isso Carlinhos com sua cara triste de cachorro caído de mudança continuou com a mão leve… E não tardou sentiu a mão pesada da lei! Puxou cana por furtos e trafico de drogas até sair no ano passado em liberdade condicional. E como não aprendeu outra profissão além de surrupiar os bens alheios, quando retoma a liberdade, volta a vender drogas…! E volta a cair…
No final da tarde desta quarta os homens da lei fizeram uma visita a Carlinhos no Cidade Jardim, para checar mais uma denuncia de trafico. Ele foi abordado na porta de casa, na companhia de Buiu, mas estava limpo. Sua genitora no entanto, franqueou a entrada dos policiais ao quarto do garotão para dar uma geral. Lá também não encontraram a prova do crime! Parecia que desta vez Carlinhos iria passar batido… Aí a irmãzinha A. de 16 anos resolveu colaborar!
– Ei, seu puliça… Eu vi ele pulando o muro do vizinho! Deve ter ido esconder a droga lá! – Disse ela.
Dito & feito! Carlinhos, com cara de santinho dos pés sujinhos não é bobinho… Ele havia mesmo pulado o muro e mocosado a droga no pé do muro do vizinho! Sessenta e sete capsulas vazias e 20 barangas de farinha do capeta!
E já que a filha havia entregado o formiguinha, a mãe também resolveu fazer a sua parte…
– Ele deve estar envolvido com droga mesmo, doutor, pois ele não trabalha mas está sempre com dinheiro! E tem gente direto na porta da minha casa procurando por ele. Tudo nóias! – disse dona M.
Carlinhos, o formiguinha do Cidade Jardim que escondia a droga no quintal do vizinho, assinou mais um 33 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha!

Eram nove da manha de sábado no Condomínio Sidnei no Jardim Pão de Açucar em Pouso Alegre quando a condômina GMG ouviu barulhos na porta do seu apartamento. De repente o barulho cessou e recomeçou logo adiante. Com o coração batendo acelerado G. olhou pela janela… Era mesmo um larapio. Por sorte ele não queria entrar em nenhum apartamento. Só queria levar o que estava do lado de fora… Extintores de incêndio!

O pseudo bombeiro pegou um extintor, jogou por cima do muro, pegou outro, jogou também! Pulou o muro de quase três metros de altura, caiu ao chão, bateu a cabeça na grade de proteção, levantou meio grogue e foi esconder o extintor no mato ali perto. Voltou, galgou o muro novamente, furtou outro extintor, jogou por cima do muro… E teria furtado todos os extintores de incêndio do condomínio se GMG não fizesse nada! Mas ela  fez. Com a câmera do celular fotografou o larapio em plena atividade criminosa, encaminhou as imagens para os vizinhos e colocou a boca no trombone. Em poucos minutos os vizinhos apareceram, cercaram e dominaram o meliante e chamara a policia. Não foi difícil dominá-lo… Ele parecia estar mamado, ou chapado!

Levado para a DP Kayke Alessandro de Souza Pereira sentou ao piano e assinou o 155. Seria um furto simples, no entanto, como o ladrão bombeiro precisou de escalada para furtar os extintores, o crime se tornou qualificado. Por isso não comporta fiança! E Kayke Alessandro, que por enquanto só tinha duas passagens por uso de drogas,   foi apagar seu fogo no Hotel do Juquinha!

O sinistro aconteceu às onze da manha desta sábado, 28, no Loteamento Monte Azul , bairro faisqueira em Pouso Alegre. Ao passar pedalando com amigos pela via, o garoto João Vitor Carvalho de Oliveira foi atropelado por um caminhão de entregas de bebidas e morreu entre as rodas traseiras.

Segundo testemunhas que passavam pelo local o garoto teria soltado o guidom da bicicleta para acenar para o motorista, momento em que perdeu o equilíbrio e caiu na frente do caminhão. Ele sofreu esmagamento parcial do crânio e foi parar debaixo das rodas traseiras. O motorista do caminhão, Geraldo de Cassio Souza, 46 anos foi submetido ao teste do bafômetro cedido pela PRE e estava sóbrio.

O corpo do garotinho foi submetido a exame de necropsia no IML local e liberado para os familiares por volta de três e meia da tarde deste sábado. João Vitor, que faria 6 anos de idade na próxima sexta feira, morava a poucas quadras do local do acidente.

Diego da Silva Lucas: Como “dimaior” é o primeiro 33 que ele assina. No entanto, em outubro passado ja havia assinado um 28…

Estava o jovem Diego da Silva Lucas, 19 anos, sentando belo e formoso na porta de sua ‘biqueira’ na Rua Nova no velho Aterrado, no final da tarde desta quinta, 19, quando surgiram na esquina os primeiros clientes. Mas não eram bem clientes… Eram os homens da lei!

Ao ver a aproximação da Arca de Noé,  Diego Lucas rapidamente jogou um pequeno embrulho no registro de água da Copasa e passou a assoviar para disfarçar! Tarde demais! Seu gesto não passou despercebido aos policiais.     Ao vistoriarem o registro de água, encontraram dinheiro e drogas… R$ 316 e quatro barangas de pedra bege fedorenta.

Levado já com pulseiras de prata à sua residência ali perto, jurando de pés juntos que a droga não era dele, Diego teve que acompanhar as buscas na sua própria casa, cuja entrada foi franqueada pelos pais. Mesmo quando os policiais encontraram 63 barangas de farinha do capeta no meio do seu colchão, Diego Lucas continuou jurando de pés juntos que a droga não lhe pertencia.

Inocente ou não ele desceu no taxi do contribuinte para a DP onde sentou-se ao piano, assinou o 33 e subiu para o Hotel do Juquinha.

Passava pouco de três e meia da tarde quando o moço pardo e magro, de estatura mediana, usando calça jeans e camiseta preta e um capacete cor de rosa na cabeça entrou na Cacife Tintas da Avenida Prefeito Olavo Gomes de Oliveira, no Jardim Olímpico, sacou um trezoitão e anunciou o assalto. Na mira do trabuco os funcionários e clientes foram obrigados a se refugiar nos fundos da loja. Ainda apontando o trezoitão ele roubou cerca de seiscentos reais do caixa, dois cheques da loja e um aparelho celular de um funcionário.
Como chegou foi embora, pilotando uma Suzuki Yes ou Honda CG vermelha, com capacete cor de rosa. Ao dobrar a serra do cajuru, sem perceber, ele foi seguido por um funcionário da loja até a entrada da avenida “Diquinha” às margens do Rio Mandu, o o tal funcionário achou mais prudente deixar o caso para a policia!
O assaltante do capacete cor de rosa por enquanto se deu bem… Mas a qualquer momento a coisa pode ficar preta p’ra ele!

… E falando em coisa preta, funcionários e clientes da Sorveteria Tropicana, na Adolto Olinto, coração de Pouso Alegre, também viram a coisa preta nesta quinta, 12…!
A noite era ainda criança quando um sujeito moreno claro, magricela, de bermuda escura, camiseta verde e tênis chegou para colocar todo mundo em fria! Com o rosto parcialmente encoberto por um boné azul, ele sacou um trezoitão prateado de cabo marron, ameaçou dar uns ‘pipocos’ se fosse contrariado e trancou todo mundo no banheiro da sorveteria. Antes porém, fez a festa: levou dois celulares e cerca de cem reais que havia no caixa.
E parece que o assaltante da sorveteria é o mesmo assaltante pé-de-chinelos que roubou a Drogaria São Paulo, na terça, visto pelos olhos de outras vitimas! Ele apenas mudou um pouco a indumentária, inclusive o chinelão havaianas, mas agiu na mesma região, na mesma hora, e esqueceu-se de trocar o boné azul…!
A batata do assaltante de sorveteria está assando…! Na próxima vez que sacar o trezoitão ele entra numa gelada!!!

Às nove e meia da noite de terça, 11, a Drogaria São Paulo da Dr. Lisboa estava vazia. Lá estavam apenas os funcionários comentando as historias do livro “Meninos que vi crescer”, do Airton Chips, quando o cliente entrou. O moço alto, magro, de cor parda, usava bermuda escura e blusa preta de punho branco, um par de chinelos havaianas e um boné azul! Para completar a singela indumentária o moço jovem portava na mão direita um revolver preto! Embora estivesse na farmácia, ele parecia saudável… Não precisava de remédio! Mas diante da ameaça do trabuco, o remédio foi entregar a ele tudo que havia no caixa! Uma merreca…R$ 134! Que pode mandar o assaltante para a prisão por cinco anos!
Apesar de ter acontecido a poucos metros do quartel, o roubo só foi comunicado à policia militar quinze minutos depois, quando o assaltante pé-de-chinelo já havia se misturado à penumbra da noite e dobrado a serra do cajuru!

Jose Lucas “Cavadeira” Silva: Aos 24 anos ja assinou dois 33, um 155 e um 121. Mas se diz perseguido pela policia…!

Foi uma cena básica de abordagem de suspeito nas “biqueiras” do Aterrado. Ao passar pela Rua Abrão em busca de traficantes formiguinhas os homens da lei avistaram dois prováveis defronte o prédio 321 e pararam para abordá-los. Tão logo perceberam que a casa iria cair, os dois moços passaram sebo nas canelas e tentaram dobrar a serra do cajuru. Um deles conseguiu. O outro ficou prensado por um policial entre o muro e o portão da casa.
Em meio ao forrobodó de chutes, socos, pontapés, mordidas e palavrões, familiares e transeuntes se aproximaram e tentaram tomar o preso dos policiais. Soube-se depois que a tentativa de arrebatar o suspeito das mãos da policia fora incitada por ele e seus pais.
A situação só foi controlada pelos homens da lei com uso de bastões de madeira e a chegada de reforço policial. Assentada a poeira, era o momento de procurar as pedras! E havia. Tanto no portão quanto dentro de casa. Onze pedras beges fedorentas, uma baranga de farinha do capeta e um tijolinho de erva marvada! Ao piano do delegado de plantão ele jurou de pés juntos que a drogas encontrada em sua casa não lhe pertence e acrescentou:
– É perseguição, doutor…! Tive uma desavença com dois policiais tempos atrás! Desde então não tenho mais paz e tranquilidade para andar na rua…
O moço que rolou na poeira com os policiais e acabou recebendo as pulseiras de prata é figurinha fácil no álbum da policia. Já assinou 155, 121 e 33. Na madrugada do dia 14/12/2013 ele matou a tiros o desafeto Lazaro Luiz Venancio porque foi chamado por ele de “ladrão”! Uma semana depois de se apresentar espontaneamente à policia para esclarecer o assassinato do nóia – e continuar em liberdade – ele foi preso por trafico de drogas.
Com a prisão desta quarta feira, 11, Jose Lucas Silva, o “Cavadeira”, 24 anos, vai cavando um buraco cada vez mais fundo na carreira criminosa.

O maior erro da justiça é a demora para julgar os meliantes. Isso gera uma sensação de impunidade…! O meliante ‘acha’ que é inocente; que nunca será condenado! E quando começam as surgir as condenações, ele já mergulhou tão fundo no poço do crime que não consegue mais sair!

Um sujeito com pinta de somongó pedalando uma bicicleta velha na Perimetral nas imediações do terminal rodoviário é sempre suspeito! Por isso os homens da lei resolveram abordar o garotão que passava esbaforido por ali ao pé da noite desta terça, 10. Era Alisson Bressane Lima, 20 anos, morador do centro. Ele levava na algibeira um pequeno patuá de maconha, o qual dispensou ao receber o sinal de parada.
Enquanto ele tentava justificar que a droga era para consumo próprio, pois é viciado há anos, seu celular tocou! Era o usuário, que esperava perto da rodoviária!
– E aí mano? Tá trazendo a droga? Vai demorar? – perguntava o cliente!
– Tá na mão… Onde você está?
– Estou na rodoviária, perto do ponto de taxi num Fiat Uno…
– Firmeza mano… Tô chegando!
Teria dado tudo certo. Porém o dialogo parcialmente reproduzido acima, não foi entre o nóia e o formiguinha… Foi entre o nóia e o policial Fernandes!
Preso minutos depois no interior do Uno no pátio da rodoviária, Fabio Ricardo, o nóia, residente no bairro Medicina, confirmou que havia encomendado trinta reais de maconha ao formiguinha Alisson Bressane…
– Eu já estou acostumado comprar droga dele – disse o ‘cliente’ de 36 anos.
“Levar” um patuá de maconha – não importa o tamanho – para alguém, de acordo com o artigo 33 da Lei 11.343, é “Traficar”! Por isso Alisson Bressane sentou ao piano do delegado de plantão assinou seu primeiro 33 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha.

Ivone Costa: Comprando batatas e vendendo ‘pedras’…

Passavam os homens da lei pela famosa e torta rua Luiz “Pordenciano” Alves – é assim que está escrito na placa! – no final da noite desta terça, 10, quando resolveram abordar a cidadã Ivone Aparecida Ferreira da Costa que caminhava ao lado do cidadão Rogerio Mauro Mendes, ambos com pinta de somongós.
A abordagem se deu pelo fato de que Ivone é velha conhecida da policia… Podia ser que ela estivesse portando drogas! E estava mesmo… Levava nove barangas de pedra bege fedorenta na algibeira da bermuda. Levava também R$ 430, provavelmente produto do crime de trafico.
Enquanto concluíram a abordagem os policiais foram informados que Ivone costuma guardar sua mercadoria ali perto, num terreno baldio ao lado de sua casa. Ao varrer o local os policiais encontraram uma balança de precisão com resquícios de drogas e uma caderneta com anotações do trafico.
Ao sentar ao piano do paladino da lei, na DP, Ivone disse que a balança com a caderneta não lhe pertencem. Mas admitiu que a droga encontrada no bolso da bermuda era sua…
– Eu comprei de um desconhecido – João Tapira, com certeza! – para fumar com minhas amigas – disse ela.
Questionada sobre o que fazia na companhia do cidadão Rogerio Mauro Mendes, Ivone respondeu que estavam conversando sobre compra e vendas de batatas…
Bem, se a batata era para fazer maionese, a salada azedou! Ivone Aparecida Ferreira da Costa, 44 anos assinou mais um 33 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha, onde cumpriu pena até o final de agosto do ano passado por trafico de drogas e saiu em liberdade condicional.