Eram cerca de nove e meia da noite de sexta, 13 quando o “um-nove-zero” da policia militar de Estiva tocou. Era o comerciante M.P.A.
– Tem um sujeito armado aqui no meu bar! Eu estou vendo o cabo do trabuco na sua cintura… Venham logo! Além de armado ele está bêbado e pediu mais uma dose de conhaque.
Ao chegar ao local os policiais constataram a veracidade da denuncia. O ‘pistoleiro’ era Elias Correia de Andrade, 48 anos, trabalhador na lavoura de morangos nas imediações. Elias levava na cintura uma garrucha Rossi calibre 22, do tempo de vovô criança, com uma azeitona na agulha e outra na algibeira. Depois de desarmado, o lavrador tentou justificar o porte da arma sem registro…
– Eu estava indo na casa de um amigo receber uma divida trabalhista… Como está muito escuro e é beira e rodovia e fiquei com medo de ser assaltado – Fez-me lembrar uma antiga canção infantil que dizia mais ou menos assim: “… a estrada é lonnnnga, o camiiiinho é deserto… E o lobo mau passeia aqui por perto” – por isso eu trouxe a garrucha na cintura, para me defender… – Disse ingenuamente o plantador de morangos.
Tudo bem ‘seu’ Elias, mas portar arma de fogo sem autorização é crime previsto no artigo 14 da Lei 10.826. Mesmo que a arma faça pouco mais estrago de um estilingue, ainda assim é crime…
E Elias desceu para a Delegacia Regional de Policia de Pouso Alegre onde sentou-se ao piano. Precisou pagar R$ 1 mil reais de fiança para voltar para casa e ver-se processar em liberdade!