Embora os críticos e céticos achem que prender os pequenos traficantes não diminui o trafico de drogas, a policia militar continua fazendo o seu trabalho. Afinal, os grandes traficantes não armam suas ‘banquinhas’ na esquina para vender drogas! Isso é trabalho para os formiguinhas, que ficam por ali, sentados na sarjeta, jogando conversa fora, vigiando três ou quatro barangas da droga mocosadas no pé do poste, até que o nóia passa e pede a “paradinha” de cinco reais. Muitas vezes o tal formiguinha nem se dá o trabalho de se levantar para pegar a droga e entregar ao usuário. Usam o “self-service” e ficam apenas no caixa recebendo o dim-dim dos otários.

Diego Elias da Silva: “Essa droga não é minha…”

       Quando os homens da lei passam eles continuam sentados, sem se mover… Estão limpos! Se a droga que está no pé do poste, não está com eles, teoricamente não podem ser responsabilizados! Estes formiguinhas são tão maléficos no comercio de drogas quanto aqueles que distribuem de toneladas… Sem formiguinhas a ‘formiga rainha’ morreria à míngua!!

Leonardo Talles Mendonça Silva: “Essa droga não é minha…”

       No final da tarde desta terça, 11, mais dois formiguinhas foram esmagados na Tijuca. Os policiais militares chegaram para a abordagem após diversas denuncias de amigos ocultos da lei, informando o ‘modus operandi’ da dupla conhecida no local por “Diego” e “Paulista”. No momento da batida policial estavam na malfadada esquina Diego Elias da Silva, 26 e Leonardo Talles Mendonça Silva, 21, ambos com varas passagens pela policia por furtos, roubos e envolvimento com drogas, além de duas garotinhas. “No pé do poste” os policiais encontraram 7 barangas de cocaína. Diego e Leonardo naturalmente repetiram a cantilena de sempre;

– “Essa droga não é minha”

        Vá dizer isso ao Homem da Capa Preta – poderia ter dito o delegado de plantão ao sentá-los ao piano. No final da manhã desta quarta os “formiguinhas da Tijuca” foram matar a saudade dos “irmãos de caminhada” no Hotel do Juquinha.