Eram pouco mais de oito da noite de uma noite quente de março do ano passado quando me sentei ainda ofegante e suado na mesinha verde do Jesus, na quadra Bola na Rede. Antes mesmo da loira… gelada me fazer companhia, ele se aproximou. Chegou tímido! Nem sentou… e com um jeito acanhado me pediu beira no time. Como eu valorizei, dizendo que era necessário esperar o fechamento do mês para ver se haveria alguma desistência, ele ficou preocupado e passou a desfiar seu currículo;
– Eu já joguei com o fulano, sou amigo do beltrano… Lá em Frutal nós tínhamos um grupo assim-assado…
Ele estava mesmo disposto a entrar no meu time! Propôs pagar adiantado! Disse até que era atleticano! Eu disse para ele voltar na semana seguinte… Se tivesse vaga, ele poderia entrar no grupo.
Foi assim que conheci Antonio Cari, vulgo Beiçola, o homem do abacaxi. Na verdade o seu ingresso no meu time, contado por ele mesmo nas rodinhas de cerveja, arrancas risadas e gozação…
Ela viera de Frutal – capital nacional do abacaxi, cidade com 54 mil habitantes, 351 mulheres a mais do que homens – expandindo sua empresa distribuidora de abacaxi no mercado da região e, quem sabe… Fugindo de um amor frustrado! Isso mesmo. Cari deixara para trás o adolescente filhote Artur – a sua cara e joga mais que ele! – e a ex-cara-metade Andressa. Quero dizer… Deixara a figura, a imagem, mas o nome da ex não saia de sua boca. A cada quinze dias ela ia visitar o filho e por tabela… matava a saudade dela! Chegava contando com detalhes tudo que se passara na cidadezinha de 30 mil habitantes às margens do Rio Grande. Cada vez que ele voltava do Triangulo Mineiro, esperávamos que ele desse a noticia…
– Voltei com a Andressa!
Tornara-se nosso amigo, freqüentava nossa casa, sitio, frangadas, churrasco, loiras geladas. Colecionador da tradicional cachacinha…! Eles estavam dando um tempo para um casamento de mais de dez anos. Torcíamos por um final feliz para todos!
No final do ano começou namorar serio… Outra pessoa, em Pouso Alegre! Moça bonita, simpática, culta, de berço… Também ficou nossa amiga.
Mas e Andressa! Seria o fim ‘definitivo’?
Antonio Cari sempre foi franco, expansivo… Não escondia seus sentimentos. O novo romance estava indo bem. Bem demais! Estava cumprindo com precisão o seu papel… Colocando na balança seus sentimentos. Quando as duas se conheceram, os três se definiram…
A namorada se afastou e Andressa, que também estava sendo cortejada – e com méritos – se aproximou. Apararam as arestas, jogaram fora o relógio que marcara o tempo de afastamento, de reflexão… – foram quase dois anos! Reataram o casamento, o romance!
Aquele brilho especial voltou aos olhos do amigo Cari. E aos de Andressa também! Ao pequeno Artur, bom de bola, restou os foguetes da comemoração!
Antonio cari, até onde nosso convívio de pouco mais de ano mostrou, é um bom sujeito… Companheiro, humano, honesto, educado, trabalhador! Andressa, já conhecíamos muito antes de vê-la, através da chorumela discreta e disfarçada do Cari. A foto vem comprovar que ele tinha razão em ‘arrastar aquele caminhãozinho’ por ela… É uma bela mulher! Na ultima quinta Cari apresentou-nos sua cara-metade.
Que Deus abençoe a ‘re’-união de “Antonio & Andressa”. E que o brilho do amor brilhe sempre em seus olhos e em seus corações.
De preferência cá em terras manduanas, mais perto de nós…!
Grande amigo, Antonio Carí!
Merece toda felicidade do mundo!
Que Deus abençoe muito o casal!
Por isto que anda sumido… kkkk Eita o Antonio Cari, como vc disse fala pra caramba tipico de vendedor, mas pessoa honesta e muito simpatica. Desejo tudo de bom pra ele e familia.