Eram cerca de onze e meia da manha de quarta feira,10 quando a garotinha L.M.S.L. 13 anos bateu na porta da casa do vizinho Aparecido Donizete do Amaral, 44 anos…
– Eu vim buscar meu prendedor de cabelo que esqueci na sua casa…
Alguns minutos depois ela voltou correndo para sua casa ali perto e entrou agitada batendo a porta. Aparecido veio atrás, chamando por ela e a levou de volta à sua casa onde ficaram por mais alguns minutos. No final da tarde, na escola, a garotinha deixou escapar para as coleguinhas…!
– O Aparecido ‘passou a mão’ em mim…!
O fato logo chegou à direção da escola, daí ao Conselho Tutelar e logo em seguida à policia. Pior, chegou também ao avô e tio da garotinha com quem ela vive. Quando a policia chegou os parentes da garotinha já tinham ido à casa do vizinho Aparecido fazer justiça com as próprias. Foram armados de paus, pedras e um facão. Não houve sangue porque Aparecido… desapareceu!
Acuado pela policia e pelos parentes da menor impúbere, entre a cruz e a espada, Aparecido preferiu a espada… Apresentou-se espontaneamente na delegacia de Policia e deu a sua versão dos fatos;
-… Eu deixei a garotinha procurar o prendedor em minha casa… Quando ela saiu notei a falta de R$ 10 reais. Ela havia furtado! Eu a chamei de volta e dei-lhe uma repreensão dizendo que se ela precisasse de dinheiro era só pedir, mas não deveria roubar!
A garotinha contou outra historia;
– Quando eu entrei na casa dele para procurar meu prendedor, ele me pegou pelo braço, me jogou na cama, me chamou de gostosa e me ofereceu R$15 reais para eu transar com ele. Eu não quis. Ele então acariciou meus seios e minhas nádegas…! Eu saí correndo de lá. Ele foi atrás de mim na minha casa, me levou de volta e ameaçou dizendo que se eu contasse para alguém eu, meu tio e meu avô íamos “ver o que é bom pra tosse”…
Diante da conjuntura, ainda que ligeiramente obnubilada, não restou alternativa ao delegado de plantão senão enquadrar o vizinho da menor no artigo 217 A do Código Penal.
No inicio da tarda desta quinta, Aparecido ‘apareceu’ no velho presídio da cidadezinha de Albertina, para uma temporada que pode se prolongar de 8 a 15 anos… Tudo por causa da mão boba na garotinha de 13 anos!