Este homem magro, grisalho, de semblante suave, trazia na alma as cicatrizes de mais de 50 mortes. Nos anos 80, quando era cabo da policia militar do Estado de São Paulo, ele chefiou o grupo que ficou conhecido como “Esquadrão da Morte”. Segundo as investigações da época, o grupo que fazia justiça com as próprias mãos, executou mais de 50 pessoas na periferia de São Paulo. A maioria bandidos… Alguns inocentes!
Florisvaldo de Oliveira, 53 anos, o “Cabo Bruno” como se notabilizou, foi preso pela primeira vez em 1983 e levado para o presídio militar Romão Gomes, na capital paulista. Entre 1983 e 1990, o ex-policial militar fugiu três vezes da unidade, sendo uma delas depois de fazer funcionários reféns. Em maio de 1991, foi recapturado pela quarta vez, e nunca mais saiu. Responsabilizado pela morte de pelo menos 20 pessoas na periferia de São Paulo, foi condenado a 120 anos de cadeia. Cumpriu 27 anos nas prisões de Taubaté e Tremembé no Vale do Paraíba. Cinco deles na solitária.
Apesar da condenação de 120 anos pelos vários crimes acumulados, a Constituição brasileira diz que a pena máxima não pode ultrapassar 30 anos, por isso as condenações foram unificadas. Ele sairia da cadeia daqui a três anos.
Em 2009, com mais de 20 anos já cumpridos, com bom comportamento prisional, segundo exames criminológicos e atuando como pastor evangélico na prisão, Cabo Bruno passou a cumprir a pena no regime semi-aberto, na mesma unidade prisional de Tremembé, no pavilhão P2, separado dos demais apenas por uma muralha.
Em agosto ultimo, na saída temporária dos presos nos Dia dos Pais, Cabo Bruno deixou a penitenciaria pela primeira vez. Depois de 21 anos fechado, o ex-chefe do esquadrão da morte finalmente pode ver o sol nascer redondo… A saída foi comemorada por amigos no site de relacionamento da mulher dele, uma cantora evangélica que se casou com Florisvaldo dentro da penitenciária
Em 14 de agosto de 2012, o promotor Paulo José de Palma, responsável pelo processo do Cabo Bruno, encaminhou um parecer favorável ao indulto para a decisão final da Vara Criminal. Junto com o parecer do promotor, baseado em lei que prevê a liberdade definitiva para presos com bom comportamento e com mais de 20 anos de prisão cumpridos, foram encaminhados documentos com elogios de funcionários e da própria direção da P2 quanto à conduta do recuperando Florisvaldo na unidade. Após 27 anos de prisão, ele deixou a penitenciária… no dia 23 de agosto.
Faltavam quinze minutos para a meia noite desta gelada quarta feira, 26 quando Cabo Bruno pagou definitivamente pelos seus crimes. Ele voltava de um culto religioso na vizinha Aparecida, já estava perto de casa, no bairro Quadra Coberta em Pindamonhangaba, Vale do Paraíba, quando dois homens se aproximaram, um de cada lado da rua e descarregaram dois trabucos contra seu peito e sua cabeça. Eram pistolas 45 e 380, segundo as cápsulas vazias que ficaram no chão. Ele estava acompanhado de familiares, no entanto só ele foi atingido. A liberdade só durou quatro semanas e meia…
Seus executores, certamente a mando de parentes de suas vitimas, cumpriram uma vingança guardada desde o inicio dos anos 80!!!
Penso o seguinte: será que não foi um recado, que agora quem manda são criminosos paulistas, que ja mataram este ano mais de 70 policiais,hoje um esquadrão da morte são deles contra PM e policia civil.Cabo Bruno sai convertido a Cristo,o que eu acredito! Mas quando os criminosos viram sair em liberdade, cabo bruno, no passado nas fotos com aquele cara de Franco Nero que fazia justiça propria, como nos bang bang faroeste, que assistiamos no cinema.Disseram: “agora quem manda é “nois” até a lei nos protege, acabou xadres correcional, prisão por embriagues, vadiagens.desobidiencia civil total ,libertinagem com nome de Democracia ou “demoniocracia”.A lei 9.99 que é 666 o numero de uma tremenda besta desvirado.
caro colega, as leis são feitas por ladrões de todas as especies, no senado, na camara dos deputados federais e estaduais ate mesmo nas camaras de vereadores encontramos esta laia, o que esperar de bom nisto?