Sábado à tarde o desocupado Oscar Nunes da Silva, 21 anos, entrou sorrateiramente no mercadinho do Moacir dos Santos e ficou por ali, como quem não quer nada. Quando achou que o comerciante estava distraído, colocou alguns CDs – destes de 7,99 – dentro da camisa e saiu de fininho.
Moacir não tem câmeras de ‘big brother’ no seu marcadinho, mas tem os olhos bem abertos. Na saída ele chamou o gatuno mão leve na chincha. Pilhado com a mão na musica, Oscarzinho jogou os CDs no chão e saiu acenando de cara feia com ‘um dedo só’, aquele do meio!…
Cara muito mais feia ele fez mais tarde, quando a PM voltou com ele já de pulseiras de prata para o reconhecimento do comerciante. Oscarzinho assinou um 155 e poderia ter voltado para casa, mas… ficou agarrado na fiança de R$2 mil reais!!!
Carlos Alberto Batista Ponte, 37 anos, não tem endereço muito definido. Ora mora em Santa Rita de Caldas, ora em São Sebastião da bela Vista, mas sabe o que quer… Quer o que não lhe pertence. No sábado à noite ele entrou numa padaria no centro da cidade, perguntou sobre o horário de ônibus para Pouso Alegre por três vezes. Na quarta vez, aproveitando que o balconista Marcos Aurélio estava distraído, montou sua bicicleta que estava na porta da padaria e pegou a estrada. Foi alcançado perto dos Coutinhos, pedalando a todo vapor.
Os homens da lei ajudaram o ‘ciclista’ a chegar mais cedo em Pouso Alegre… deram-lhe carona no taxi do contribuinte.
Carlos Roberto não tinha dinheiro nem para o ônibus, muito menos R$ 1 mil reais para pagar a fiança. Por isso, depois de passar o dedão – há muito tempo eu não via aqui na rica e desenvolvida região sulmineira um analfabeto – no seu termo de declarações, foi se hospedar no Hotel do Juquinha.