Esta é uma péssima noticia para os meliantes pés-de-couve que não conseguem ficar longe dos presídios!! Sim, pois tem aqueles que furtam barras de chocolates, pilhas, barbeador e outras produtos de valor insignificante, apenas para ser preso e se hospedar no hotel do contribuinte, onde tem casa, ‘bandeco’ quentinho, roupa lavada, assistência medica, odontologica, psicológica, jurídica, chamego na visita intima e ainda por cima sentinelas armados para cuidar da segurança… tudo de graça.
É, mas a mamata está acabando. Os presídios estão em situação precária e superlotados. Para evitar complicações com os defensores dos direitos humanos, os juizes criminais estão mandando soltar os presos primários ou cujos crimes não representem grande pontencial ofensivo à sociedade.
Faz lembrar aquela piada que barnabé contava nos circos de lona na década de 70…
– Minha cidade é tão pacata, mas tão pacata, que o delegado pregou um aviso na porta da cadeia, que diz assim: “ A partir desta data, o preso que chegar depois das nove da noite, vai dormir na rua”
Mas o que está acontecendo, não é piada…
Mês passado a juiza Ayla Figueiredo, da Comarca de Tres Corações, mandou soltar 96 presos de bom comportamento, cujos crimes eram de ‘menor potencial ofensivo’ – a maioria trafico de drogas – e a criminalidade não estava diminuindo com suas prisões. Em Passos, a cidade com maior índice de homicídios no Estado de Minas – no ano passado foram 48 assassinatos. Este ano dezoito passenses já morreram de ‘morte matada’ – o Juiz Criminal, baseando nos mesmos princípios, mandou soltar quase trinta presos que aguardavam julgamento.
A cidade de Cambuí, embora no varejo, está entrando no mesmo ritimo. No mês passado a Paulinha ‘cara de pidoncha’, foi presa perto do estádio municipal, no momento em que agendava uma encomenda de pedra bege fedorenta. Foi solta no dia seguinte, a mando do homem da Capa preta. Na semana seguinte foi presa novamente, tentando entregar a droga ao marido, Vando, na cadeia, dentro de sabonetes…
Semana passada foi a vez de Michele Aparecida da Silva. Ela enroscou-se nas malhas da lei com alguns patuás de crack. Mas como a droga era pouca e o velho hotel da Cel. Lambert estava lotado, Michele recebeu o habeas corpus no mesmo dia e voltou para a rua. Três dias depois ela se enroscou novamente. Desta vez vendendo CDs e DVDs piratas, para comprar pão e leite para os 4 filhos e ‘farinha’ para ela…
O crime é ainda menos ofensivo à sociedade, mas é crime previsto no artigo 184 do CP. O delegado de plantão fez sua parte. Aliás, foi cruel! Arbitrou a fiança em 3 salarios mínimo. E agora doutor?
Com tanto meliante fazendo feiúra por aí e tão pouco espaço nas cadeias, a velha piadinha de auditório do Barnabé está de volta…!!!