O hospital Regional diz: ‘este corpo não nos pertence mais’…
O IML não recebe ninguém, muito menos um morto, sem documentos…
A funerária também não vela defunto sem o atestado de obito ou de necropsia…
A família não pode levar seu morto sem autorização das autoridades…
Se não fosse um descaso com a vida – ou com a morte? – a historia de Everton Cesar seria macabra!!!
Quem passou pela Prefeito Sapucaí na tarde desta segunda e viu um carro funebre da funeraria Ferraciolli estacionado na beira da rua, com um caixão la dentro não podia imaginar…. mas o caixão não estava vazio!!! Dentro dele estava o maltratado corpo do jovem Everton “Pitô” Cesar Ribeiro Raimundo. Como ele foi parar –literalmente – ali?? Graças à burocracia e informações desencontradas e quem sabe um pouquinho de falta de humanidade…
Tudo começou anos atras quando Everton apaixonou-se perdidamente por Severina do Popote. Paixão doentia, que ninguém está livre de contrair… Ele nunca mais conseguiu se afastar do álcool. Tornou-se alcoólatra crônico. Bebeu pela ultima vez no sábado, 26, à noite. Ao sair do boteco no velho Aterrado, desequilibrou-se, foi ao chão e bateu com a cabeça. Conseguiu chegar à casa da tia, onde mora, ali perto do boteco, mas não acordou mais. Na manha de ontem seu único sinal de vida era a respiração.
A pedido da tia, foi levado pelos bombeiros para o PS do Regional. A tomografia mostrou hemorragia intracraniana. Um imenso e irreversível coágulo no cérebro. Ele nunca mais levantaria um copo. Parou de respirar na manhã enevoada e fria desta segunda.
A família informou que ele apenas caira ao chão e batera a cabeça. O neurologista que leu sua tomografia acha que o traumatismo foi muito grande para uma queda de menos de 1,70 de altura, por isso não assinou o óbito. Só o medico legista poderá afirmar se ele caiu ou se algum objeto ‘caiu na cabeça dele’…
No inicio da tarde a funeraria de Plantão retirou o corpo do necrotério do hospital, mas sem ter para onde levá-lo, deixou-o dentro do coche fúnebre, onde ele passou a tarde. Quando os documentos ficaram prontos o IML já havia fechado. A família indignada, que desde a manhã tentara velar seu morto, ante a iminência de o corpo passar a noite na rua, intensificou o esperneio. Através da diretoria da Associação de Moradores do bairro São Geraldo, o caso chegou ao jornal Folha de Pouso Alegre e a este Blog. Às oito da noite, finalmente o corpo do jovem Everton Pitô foi recolhido ao IML para ser necropsiado nesta terça de manhã.
E assim caminha a humanidade…
meu deus ,e so jesus que nos da valor mesmo,o pobre nao tem voz nesse mundo mesmo,nao e so no brasil nao e no mundo,so quem tem dinheiro e fama ,e tratado com regalia,esse rapaz nao era um ser humano,e como se explica ser tratado assim? nem animal se trata assim.
Nossa que horror naquele regional se vê de tudo.fala sério.