Ele conseguiu agendar a visita da prostituta à sua cela, fora do dia programado, para matá-la e ter um motivo para continuar preso no Paraguai! Mas acabou sendo expulso e entregue à policia brasileira!
O crime aconteceu no interior da cela em um presidio de Assunción, no Paraguai, onde o traficante estava preso acusado de dois crimes. Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, conhecido como “Marcelo Piloto”, respondia à justiça paraguaia pelos crimes de homicídio, falsificação de documentos e violação da Lei de Armas daquele país – este último cometido no último dia 16. Sua extradição para o Brasil já havia sido autorizada no final de setembro. No entanto só poderia ser efetivada depois da conclusão dos processos que ele responde no Paraguai. Seus recursos, já em segunda instancia, seriam julgados nos próximos quinze dias.
Para retardar os processos e evitar a extradição para o Brasil, Marcelo arquitetou e cometeu mais um assassinato no país vizinho. Neste sábado, 17, em dia e horário não autorizados pela administração prisional, ele conseguiu receber a visita intima da jovem Lidia Meza Burgos. Era a segunda vez que a prostituta de 18 anos o visitava na cadeia. Por volta de 13:50, depois de ficar cerca de 40 minutos com ela, o narcotraficante matou a jovem com 16 golpes de faca. Ela chegou a ser socorrida mas não resistiu aos ferimentos.
“Foi uma atitude extrema de Piloto para impedir a extradição”, comentou o promotor publico Hugo Volpe, que cuida dos processos de Marcelo Piloto.
A expulsão do meliante brasileiro do país portenho foi comunicada pelo próprio presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, no seu Twitter.
O macabro plano do narcotraficante brasileiro para permanecer no Paraguai, onde as leis, pelo jeito, são ainda mais flácidas do que no Brasil, não deu certo. À toque de caixa a justiça paraguaia determinou sua extradição para o seu país de origem. Marcelo Piloto saiu de Luque, cidade vizinha à capital, às 05:05h da manhã desta segunda-feira,19, em aeronave da Força Aérea paraguaia, e pousou em Ciudad Del Leste, ainda no país portenho. Por volta de sete da manhã ele foi entregue às autoridades brasileiras. Um helicóptero da Policia Civil do Paraná deu-lhe carona para Foz do Iguaçu, do lado de cá da fronteira.
No Brasil, Marcelo Piloto, líder do Comando Vermelho, está condenado a 26 anos de cana por latrocínio e roubos, e responde a outros processos por homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico. Segundo as autoridades brasileiras, depois de Fernandinho Beira Mar, Marcelo Piloto é o maior fornecedor de armas e drogas fora do Brasil. Ele usava o Paraguai como base para seus crimes.
Apesar de ter seus planos frustrados, o assassinato da jovem prostituta pode levar Marcelo Piloto de volta ao Paraguai.