Simplório & Finório – finalmente!!! – caíram nas malhas da lei

Eles haviam acabado de ‘vender’ um bilhete premiado por R$ 1.300  a um velhinho de 79 anos! E disseram que praticaram o golpe ‘por falta de oportunidade de emprego’!

 

A dupla, de Rio Claro, usava um carro semelhante a esse para aplicar os golpes.

O famoso conto do bilhete premiado, que roda os quatro cantos do país dando prejuízo para simplórios incautos – e de olhos grandes no dinheiro dos outros! – aconteceu na pacata Ouro Fino, a 54 quilômetros de Pouso Alegre, no inicio da tarde desta terça-feira,21.

O aposentado J.M., carinhosamente conhecido na cidade do Menino da Porteira pelo apelido de “Lorinho”, 79, acabara de sair do banco na famosa Rua Treze, quando Simplório se aproximou com cara de pelamordedeus e pediu ajuda para conferir um bilhete de loteria. Mal pegou o bilhete apareceu Finorio, oferecendo seu celular para conferir os números sorteados.

Estava ‘premiado’!

Como não sabe ler e nem escrever, Simplorio ofereceu 100 mil reais para cada um, para ajudá-lo a receber seu premio milionário. Mas para isso, cada um deles tinha que mostrar um pacote de 20 mil reais, para provar que eram corretos e de confiança!

Finório, que sempre carrega um pacote de papel picado com uma nota de cem reais por cima, logo exibiu e entregou a Simplório sua ‘prova de confiança’!

Lorinho não tinha tanto dinheiro assim na algibeira, mas tinha uns trocados em casa. E foram os três, no carro do Finorio, à casa de Lorinho pegar a prova de confiança. Mas era muito pouco… Apenas R$1.300, por isso os três seguiram para a Caixa Econômica Federal, onde Lorinho solicitou um empréstimo. O empréstimo foi aprovado mas, por motivos ainda não esclarecidos, o dinheiro não pode ser sacado de imediato, por isso Lorinho voltou de mãos abanando até a dupla que o esperava ali perto no interior do GM Vectra Elegance cinza.

Percebendo que alguma coisa saíra errado, Finório & Simplório concluíram que mais valia um passarinho na mão do que meia dúzia voando, e abortaram o golpe. Mas foram bonzinhos… deixaram Lorinho perto da sua casa. E dobraram a serra do cajuru levando apenas 1.300 reais do aposentado.

O estelionato foi comunicado à sempre operosa policia militar de Ouro Fino por volta de três e meia da tarde. Imediatamente a descrição da famosa dupla e do carro foi difundida via rádio a toda policia da região. O carro foi interceptado algumas horas depois chegando a Monte Sião, na divisa com a bela Aguas de Lindoia.

Segundo nossos leitores, em 2016 Lourival Miurim foi preso tentando aplicar o “Conto do Bilhete Premiado” na cidade de Andradas.

De volta ao local do crime no taxi do contribuinte, com pulseiras de prata, Lourival Miurim, 45 o “Simplório”, e  Robson Carlos da Silva, 34, o “Finório” disseram que “por falta de oportunidade de trabalho” resolveram sair pelo país aplicando o golpe do bilhete premiado!

Com eles a policia apreendeu, além do GM Vectra Elegance cinza 2010, dois celulares e dezenas de brincos, cordões, crucifixos e pulseiras de ouro, prováveis produtos de crime… e recuperou os 1.300 reais surrupiados do aposentado “Lorinho”.

A dupla de vigaristas, que diz morar em Rio Claro-SP, foi sentar ao piano do paladino da lei na Delegacia Regional da PC em Pouso Alegre, onde assinou o 171.

A pena para estelionato cometido contra idoso é dobrada, ou seja: de 2 a 10 anos. No entanto, tão raro quanto prender “Simplório & Finório” é manter estelionatário na cadeia. Afinal, neste brasilsão verde & amarelo ensolarado, para cada lei que manda um criminoso para a cadeia, há dez recursos para soltá-lo! Por isso não esperem que Simplório e Finório crie raízes no Hotel Menino da Porteira…!

 

PS: Por conta de uma determinação da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, que proíbe a policia de fornecer imagens de meliantes à imprensa, deixamos de mostrar a cara da dupla Lourival Simplório e Robson Finório aqui no blog! 

2 thoughts on “Simplório & Finório – finalmente!!! – caíram nas malhas da lei

    • Obrigado Bruno … é muito que os leitores conheçam a cara do meliante. Novas vitimas de casos anteriores poderão surgir e, sendo ele indiciado, poderá ficar mais tempo preso e portanto fora de circulação.
      Abraços

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