A jovem precisou de vários anos sofrendo na companhia de um psicopata para chegar a esta conclusão!
Recebi esta semana a mensagem de uma leitora do Blog, pedindo para contar sua historia, vivida com um meliante!
Eis seu relato:
“Olá Airton, boa tarde. Gostaria de contar minha história…
Participo de um grupo de violência doméstica e me disseram que expor na Imprensa pode ajudar a ter paz do agressor. Você já escreveu sobre ele… Alexandre Sabo! Assaltou uma locadora com arma comprada em Aparecida do Norte. Ele ficou um ano preso e a tonta aqui caiu no conto do vigário.
– “Fiquei preso, me arrependi, estou querendo mudar, quero recomeçar, trabalhar construir família, procurar a Deus…” disse ele.
Foi essa a ladainha que ele usou para me convencer. E eu, tola, não percebi que era mentira. Como eu gostaria de saber isso quatro anos atrás!
Durante um ano que moramos juntos, as agressões eram frequentes. Socos, pontapés, ameaças, violência psicológica que me fizeram adquirir vários transtornos mentais. Corria atrás de mim com faca dentro de casa. Meus filhos assistiram várias vezes a cena.
Meu Deus, mães não deveriam colocar qualquer um dentro de casa! Hoje eu sei disso. Ele me batia por qualquer coisa, até pelas dividas que ele fazia. E se eu me recusasse a pagar a divida de droga dele, eu era punida. Quando não aguentei mais, fugi da casa que era minha! Fiquei uns tempos com meu pai em São Paulo. O que ele fez? Ateou fogo em minha residência. Perdi tudo o que eu tinha! Recomecei do zero.
Mas tudo bem. O histórico de mulheres que não largam do agressor é bem verídico. Após passar um mês de tortura com ele indo na madrugada quebrar a casa da minha mãe, ameaçando meus filhos e minha família de morte, infelizmente não conseguiam prendê-lo. Rasgou a Medida Protetiva na minha cara! Acabei cedendo por medo… fiquei com ele novamente achando que assim protegeria minha mãe e minha família.
Burra?
Posso ser sim. Fui por muito tempo, por acreditar em falsas promessas de amor. Nisso a violência psicológica continuou. Ele é um monstro para mim e um anjo para os outros. Sabe o que aconteceu nessa recaída? Engravidei!!! No sétimo mês de gestação, eu não tinha mais nada com ele. Mas estava afundada na depressão por toda a situação e pelas agressões verbais dele. Em 2016, ele foi para o Hotel do Juquinha… Ficou 4 meses lá. Ao sair de lá, quem ele procurou?
Eu, lógico!
Nosso filho tinha nascido. E lá vai a tonta novamente cair no papo do vigário:
– “Aceitei Jesus na cadeia. Me perdoa, tudo o que eu quero é ser um pai para o nosso filho” – disse o dissimulado.
Ah, foi sim! Em três meses de convivência eu não queria ficar com ele, me enforcou com nosso filho no colo e ameaçou até o menino de morte. Ótimo pai! Novamente lá fui eu para a Delegacia… mas dessa vez foi em flagrante! Dois meses no Hotel Juquinha. Alegou ter AIDS e conseguiu sair. Aids? Tudo mentira, fez outro exame após sair e não tinha nada. Continuou a me atormentar, mas dessa vez fui firme.
Não voltei.
E como ele não tinha mais a tonta pra sustentá-lo voltou para a vida do crime.
Meu último sofrimento foi ver o pai do meu filho fazendo coisa errada e eu não poder fazer nada. Pois bem: dia 28/02 um anjo em forma de juiz regrediu a pena dele do 157.
Aí você pensa: ela vai ter paz agora…!
Ledo engano. Da cadeia tem me ameaçado de morte caso eu não o ajude.
Ajudar como?
Como posso ajudar o demônio a sair da cadeia?
Meu relato tem intuito de alertar outras mulheres. Todos os dias os jornais mostram maridos assassinando esposas e filhos.
Um cara desse não pode ficar impune e merece ser exposto. Eu sou uma pessoa pública, não poderia me expor assim, mas estou cansada de um vagabundo não deixar uma mulher de bem como eu viver em paz.
Nosso filho?
Eu sustento completamente sozinha, ele não ajuda. Eu mereço ter paz para seguir minha vida e educar meu filho para ele não seguir os passos do pai.
Pau que nasce torto não se endireita… e alguns rapazes se casam para destruir mulheres. Se você puder ajudar, serei grata.”
Alexandre Sabo, nascido em São Paulo em 1993, sempre esteve às voltas com as drogas. Em 2013, depois de comprar uma pistola de plástico em Aparecida, assaltou uma vídeo locadora em Cambui. Foi preso uma hora depois fazendo ceia com os comparsas no Frango Assado. Mas não criou raízes na cadeia. E continuou a atormentar a companheira… Até que Maria da Penha o mandou de volta para o Hotel do Juquinha.
Mas… como os ‘manos’ costumam dizer: “Cadeia não é eterna”.
Será que o romance da B.M. terminou mesmo? Ou teremos um epílogo fúnebre?
Ninguém pode voltar atrás e mudar sua historia… Mas qualquer pessoa pode recomeçar hoje e escrever um final feliz…!
Essa é a história real de uma colega radialista moradora de uma cidade vizinha… Tomara que ela escreva sua história daqui em diante em outro tom!