Durante décadas o trecho entre a avenida Dr.Lisboa e o cruzamento da Rua Cel. Brito Filho, atrás do IBC-Instituto Brasileiro do café, hoje Cema – serviu apenas de linha férrea da Rede Mineira de Viação e marco divisorio da cidade. Ao norte da linha férrea desde o bairro Santa Lucia, existia uma fazenda que chegava até a rua Com, Jose Garcia. Ao sul uma indevassável mata ciliar que descia até o piscoso e limpo Rio Mandu e sua saudosa “Prainha”, frequentada apenas por moços maiores de idade… e de ‘coragem’. Com o fim da circulação do bucólico trem de ferro puxado pela barulhenta Maria Fumaça – que eu via lá do alto da rua São Pedro – no inicio dos anos 80, um pedaço deste trecho foi transformado, pelo saudoso prefeito Simão Pedro, em calçadão. Uma das primeiras ações da administração do prefeito Jair Siqueira ao assumir a cidade em 89, foi desmanchar o calçadão e construir em seu lugar a avenida que homenageia um dos vultos da terra; Vicente Simões. A garbosa avenida de mão dupla dividida por canteiro florido, arborizado e bem cuidade tornou-se rapidamente a principal via de acesso à cidade que mais cresce no Sul de Minas – O que seria de Pouso Alegre sem a Avenida Vicente Simões?!?!?! Transformou-se também em rico, movimentado e charmoso “point” da galera jovem. Não é exagero chamar a Avenida Vicente Simões de mais belo cartão postal de Pouso Alegre. São dezenas de barzinhos e restaurantes que viram formigueiros nos finais de semana. Dias de jogos importantes do campeonato brassileiro, então!!! A avenida fica intransitável…
Tudo muito bem, tudo muito bom… Isso faz parte de uma cidade jovem, alegre, universitária, em franco progresso. Quem passa pela avenida nestes momentos, sem pressa e com calma sente o palpitar de vida…!!! Avenidas Vicente Simões e Tuany Toledo, são o retrato de uma cidade rica, bonita e progressista…
Junto com o progresso, com a alegria, com a juventude, com muita gente bonita, instruida, veio também a famigerada droga.
Nos feriados e finais de semana, correm soltas a erva marvada, a farinha do capeta, a pedra bege fedorenta e outras, além, é claro, da loira gelada e do suco de gerereba – droga liberada – Na maioria dos bares finos a droga passa despercebida. Noutros nem tanto.
A policia tem infiltrado seus agentes nos dias – e noites – de pico, tentando identificar usuários e distribuidores de drogas. Há três semanas três destes traficantes formiguinhas caíram nas malhas da lei.
Neste sábado, 21, à noite, policiais militares se infiltraram entre a clientela do Canecão e perceberam um jovem com pinta de somongó. Ao ser abordado ele deixou cair ao chão uma baranga de cocaína mas não conseguiu dispensar um patuá de maconha. Pilhado em flagrante Saymon Renato Rosa, 24 anos morador de Carmo de Minas, disse que havia acabado de comprar a droga do cidadão Thiago Custodio Marques. Segundo Saymom, ele estava numa das mesas no passeio do Canecão, de caneco na mão, quando o jovem Thiago passou e ofereceu a droga por dez reais.
Ao ser preso também no Canecão, Thiago, de 20 anos, morador do Saúde, tinha R$635 reais no bolso. Ele jurou de pés juntos que não usa e nem vende drogas e nunca viu mais gordo o nóia Saymon. O dimdim que levava na algibeira, segundo ele, era produto do seu trabalho de funileiro.
Inocentes ou não é a segunda vez que infratores do 33 ‘enchem o caneco’ nas imediações do Canecão. Mês passado foi a quadrilha da pedra. Agora Thiago assinou o 33 e Saymon assinou o 28… E se o Canecão não se cuidar, vai acabar entornando…