O assaltante não fez ameaças e nem exibiu armas… Apenas ‘pediu’ o dinheiro do caixa! E ‘ganhou’ R$250.
Quando você ouve a palavra assalto, pensa logo em um sujeito chegando com u lenço vermelho cobrindo parcialmente o rosto, todo agitado, chutando portas, empurrando mesas e cadeiras, dando tiros para o alto e gritando:
– “Ninguém se mexe! Todo mundo de cara no chão… Isso é um assalto”- não é mesmo?
Pois é! Mas isso é coisa do século XIX! Assaltos assim aconteciam na cidadezinha de “Buraco de Bala City”, ou na vila de “Cruz das Almas” na divisa do Arizona com o Colorado no velho oeste americano lá por volta de 1867!
Assalto hoje em dia é outra coisa!
O guampudo entra na loja silenciosamente, baixa o capacete no rosto, ou então cobre o rosto com o capuz da blusa de moletom de ‘mano’, mostra um volume qualquer por baixo da blusa – que pode ser um chinelo de dedo, uma aba de boné ou mesmo o próprio dedo indicador! – e diz bem baixinho:
– “Perdeu Mané… fique bem quietinho! Eu só quero o dim-dim”!
Tem uns assaltantes que são ainda mais discretos… Eles não dizem nada. Entram como se fosse comprar um refil para barbear, param na frente da solicita mocinha do caixa, faz sua melhor cara feia – como se fosse necessário! – e vão pegando os objetos que estão ao alcance da mão, e saem sem olhar para trás!
Foi mais ou menos assim que o fato aconteceu na distribuidora de gás no Jardim Amazonas, no finalzinho da manhã desta quarta feira, 08.
Estava dona L.B. quieta no caixa pensando o que a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos poderá influenciar na sua vida, quando um sujeito magricela, usando blusa cinza, chegou, foi direto ao caixa e disse sem solenidade:
– Me dá o dinheiro que está no caixa!?
Ao ouvir a ordem, que mais parecia um pedido, a comerciante olhou para o sujeito – percebeu imediatamente que ele era um lombrosianos – ele olhou para ela, ela olhou para o caixa, pegou o que havia, R$250 reais e entregou a ele. Simples assim!
Sem conferir se havia sido bem atendido ou não, o sujeito passou a mão nos três aparelhos celulares que estavam sobre a mesa, colocou também na algibeira, virou as costas e foi embora à pé, sem se despedir e sem agradecer a gentileza da comerciante.
Embora pareça, isso não é roubo, cuja pena pode chegar a 10 anos. Como não houve qualquer tipo de ameaça por parte do meliante e nem resistência por parte da vitima, o caso foi registrado pela PM como furto simples, cuja pena prevê cana de 1 a 4 anos. Se o assaltante ultramoderno e discreto tivesse sido preso meia hora depois na esquina da Cantina Maracanã, poderia pagar fiança de meio salário mínimo e voltar alegre e saltitante para casa!
* Mas nem todo assalto é mamão com açúcar assim! Imagina o sufoco que passou uma mãe ao ter o carro tomado por dois assaltantes, com o bebê de três anos dentro do carro! Esse roubo aconteceu no final da noite de ontem em Pouso Alegre. Veja o desfecho deste caso aqui no Blog, daqui a pouco!