Ao chegar em casa no final da tarde, Fernanda Ribeiro do Santos soube que o marido Marcio Wagner do Prado Souza estava dando uns amassos na loira… gelada, num boteco. Não teve paciência para esperá-lo. Foi até lá buscá-lo.
Você já viu mulher buscar marido no boteco e não dar B.O.?
Não teve jeito. O trololó foi inevitável. Ele mandou que ela voltasse para casa de moto-taxi. Fernanda fincou o pé e somente saiu do boteco levando o amasio com ela. Foram à casa da mãe dele buscar o filho de fraldas. Mas foram trocando farpas & espinhos pelo caminho. Chegando à casa da mãe Marcos Wagner encheu a metade da cara da cara-metade de bolachas, jogou-a fora do carro e perseguiu-a furioso para bater mais. Estava tão furioso que armou-se de uma vassoura para agredi-la. Não acertou porque a porta do banheiro não deixou. Quando Fernanda conseguiu ligar para a policia, não era mais preciso… Vizinhos já haviam chamado, e disseram que ele estava armado, furioso e perigoso. Como ele seguira pela BR 459 sentido Congonhal, os homens da lei armaram o cerco na divisa dos municípios. Ao ver os policiais, Marcos Wagner deu um cavalo de pau na pista, jogou seu Gol prata sobre um policial – que fez malabarismo para se desviar, enquanto o outro tentava parar o carro à bala – e entrou numa estrada vicinal em direção ao bairro do Cervo. Só parou porque se perdeu. Não tinha arma de fogo com ele, mas o chumbo foi grosso…
Levado para a delegacia de Pouso Alegre, Marcos negou todas as acusações, mas não teve choro nem vela e nem fita amarela… Sentou ao piano, assinou um 21, um 147 e foi afiançado em R$ 800 reais pelas vias de fato e agressões contra a mulher. Se tivesse esta grana no bolso, até poderia voltar para casa, mas assinou também o 121 c/c 14, por ter jogado o gol contra o soldado no cerco policial. Tentativa de homicídio não tem fiança.
E o moço antes furioso, agora arrependidamente calmo, foi se hospedar no Hotel do Juquinha.
Já dizia o velho ditado: “Mais vale um covarde vivo do que um herói morto”. Direto da Policia tem um novo ditado: “Melhor engolir uns sapos em casa ou no boteco, do que engolir ‘marroco’ amanhecido, lavar o ‘boi’ e dormir na ‘praia’ atrás das grades”…