O encontro do cadáver aconteceu no inicio da tarde deste domingo, 06. Nóias que frequentam o local para usar drogas, bebidas e dormir, sentiram um cheiro além do habitual e chamaram a policia. O corpo, parcialmente carbonizado e em estado de putrefação, estava num buraco de difícil acesso, mais precisamente na cabeceira da ponte. O cadáver do sexo masculino, tinha roupas e trapos enrolados na cabeça, região, portanto preservada do fogo. Com isso pode-se ver que era uma pessoa de meia idade, cabelos longos e barba amarela também grande.
A julgar pelo estado de decomposição do corpo, o óbito aconteceu nas ultimas 72 horas. Segundo populares, até ontem à noite havia vários nóias usando drogas e dormindo no local, ao lado do cadáver à beira do rio.
O corpo foi retirado do buraco da cabeceira da ponte por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Além da policia militar que isolou a área e registrou o fato, e do perito criminal da PC que fez os levantamentos iniciais, estiveram também no local o delegado Renato Wisniewski e a medica legista de plantão, a qual determinou a remoção do cadáver para o IML onde foi submetido à exame de necropsia e constatou:
O indigente foi assassinado a pancadas na cabeça como vem acontecendo nos últimos anos nas imediações da ponte – Só este ano foi o terceiro! Segundo a médica legista, o indigente não respirou fumaça!
O assassino – ou assassinos – foi cruel. Depois de mata-lo, provavelmente no local, enrolou panos e trapos na sua cabeça, colocou no buraco no fundo da cabeceira da ponte e ateou fogo para destruir os indícios da causa mortis e dificultar sua identificação! No entanto, o ‘tiro saiu pela culatra’… A cabeça, protegida pelos trapos, foi justamente a parte menos atingida pelas chamas. Os longos cabelos grisalhos e parte da barba amarelada ficaram quase intactos!
O Encontro do cadáver de mais um – indigente – ‘nóia’ – às margens do Rio Mandu, levanta uma questão social:
– O que fazer para mudar este quadro tão deprimente?
– A quem compete tomar providencias para tirar estes indigentes dali?
– Compete à policia?
– É atribuição da prefeitura? Ou,
– É obrigação do Juca do Barzinho da esquina?
A imensa plateia que assistiu o resgate o cadáver putrefato do local, uns pendurados no gradil da ponte, outros tentando invadir a área isolada pela PM para poder sentir o cheiro mais de perto, tem suas opiniões:
– A prefeitura devia fazer uma cerca de grade aqui… – dizia João.
– Essa cidade está virando uma cidade de mendigos, tem que arrumar um lugar para coloca-los… – Dizia Maria.
– A culpa é da Pastoral de Rua que toda noite vem trazer comida pra eles aqui! Assim eles não vão embora! – dizia Jose!
Ainda não há informação sobre a identidade do morto!
A conclusão a que chegou a medica legista de plantão – à meia hora atrás – aumenta para nove o numero de assassinatos em Pouso Alegre até o nono mês do ano! Os últimos quatro homicidas ainda não sentiram o frio das pulseiras de prata da lei!