Heliodora… Tentou estrangular o filho e a esposa e foi dormir

O cidadão Marcos Francisco Pereira, 29 anos, é um bom moço. Mas é daqueles cujo cérebro sofre transformação quando recebe a ‘visita’ do famigerado suco de gerereba. Enfim, não pode beber… fica possesso… capaz de matar até a prole.

Quando ainda morava em Boituva-SP, após amarrar-se num pé de cana, perdeu as estribeiras e desceu o borralho na esposa Vanusa Ferreira de Oliveira, 33. Não bateu mais porque o filho A. de 11 anos socorreu a mãe à custa de uns ‘esbarros’ no valentão. Por causa destes ‘esbarros’ o valentão tomou ódio do filho e agora, toda vez que abraça a Kátia…ça, quer matar o infante.

Ao pé da noite de domingo chegou em casa mamado e ao avistar o filho imberbe, o ódio reacendeu. Pegou o menino pelo pescoço e disse que ia matá-lo estrangulado. Familiares evitaram o ‘filhocidio’ e chamaram a policia. Apesar da situação completamente confusa e do clima tenso, depois de muita lenga-lenga, permitiram que ele fosse dormir.

Marcos agarrou-se à Morfeu e dormiu alguns minutos, mas deve ter sonhado que estava sendo cutucado com um tridente pelo chifrudo ou se afogando no limbo do umbral, pois acordou colérico, procurando pelo filho ameaçando matá-lo. Aconselhado por um parente o garoto já estava la na esquina, longe das garras e da furia do pai. Quando a esposa Vanuza tentou acalmar o marido para que não fosse atrás do menino, sua cólera e sanha assassina se voltaram contra ela. Pegou-a pelo pescoço e mais uma vez tentou matá-la estrangulada. Os homens da lei foram chamados e desta vez conduziram o valentão para a DP de Pouso Alegre. Ao sentar-se ao piano Marcos Francisco disse apenas:

– Eu tomei uns goles… Não me lembro de nada…

Talvez não se lembre mesmo. Porém, metade da população da pacata Heliodora – que ultimamente não anda mais tão pacata assim – se lembra muito bem do barraco que ele armou na rua Cônego Rolim. E para que ele não se esqueça do que fez, o compenetrado delegado Daniel Leme Amaral mandou-o refrescar a memória… no Hotel do Juquinha.

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