O acidente que colocou os holofotes sobre a pequena Bueno Brandão no Sul de Minas, aconteceu ao meio dia desta quinta pós-carnaval 2015. Um avião monomotor modelo Cessna, de repente perdeu altura e caiu numa mata fechada há dez quilômetros da zona urbana. Lavradores que estavam numa plantação de batatas – produto tipico da região – não chegaram a ver o avião caindo. Apenas ouviram o estrondo. A queda inesperada e ainda inexplicável do pequeno avião causou a morte instantânea dos quatro ocupantes; o piloto Eduardo Laurentiz de Caiado Castro, de 31 anos, sua esposa Julia de Salles Caiado Castro, 25, e o casal de amigos Talita Mariana Fornel, de 28 anos, e Eduardo Martinelli. Eles são empresários de Ribeirão Preto, Pedregulho e Sertãozinho, respectivamente, e voltavam de Paraty, litoral sul do RJ, onde foram passar o carnaval. O Ultimo contato do avião com terra fora feito minutos antes da queda, quando sobrevoava Braganla Paulista, ligeiramente fora da rota de colisão com a mata.
Os quatro corpos chegaram ao IML de Pouso Alegre por volta de dez da noite. Os exames necropsiais foram feitos por três médicos legistas e dois auxiliares, excepcionalmente à noite e duraram cerca de três horas. A identificação dos corpos só foi possível graças a tatuagens, cicatrizes e próteses informadas pelos parentes, uma vez que os corpos estavam todos irreconhecíveis. A liberação dos corpos para os familiares aconteceu por volta das dez da manha desta sexta, depois de concluídos os laudos.
Esta foi a segunda vez em seis meses que a pequenina Bueno Brandão, terra da batata e das cachoeiras aparece no noticiário nacional. Há seis meses – “A Múmia de Bueno Brandão e os três ossos pequenos” 08/08/2014 – uma múmia colocou a cidade sul mineira no mapa do Brasil. Ao abrir um tumulo para limpeza e preparo de espaço para nova sepultura o coveiro encontrou um corpo sepultado há cinco anos tal como havia sido sepultado. Tal como, não… O corpo havia se virado no caixão, como se tivesse sido enterrado vivo!
Policia, médicos legistas, diretores do asilo onde o velhinho passara seus últimos anos de vida se convalescendo de um derrame cerebral se uniram para explicar o ocorrido.
– Foi um caso raro de mumificação devido ao uso excessivo e continuado de medicação – concluíram os estudiosos de medicina legal. E o velhinho João Batista, que se despedira do mundo cruel aos 82 anos, pode enfim descansar em paz… Ainda que, na condição de múmia para sempre!
O acidente desta quinta feira, 19, além de renovar a notoriedade da cidade serrana mineira, recolocou a população em polvorosa! Quiçá Bueno Brandão não volte ao noticiário nacional nos próximos seis meses… Com noticia tão trágica e bizarra!