Crueldade em Cambui…

Assaltante ‘noiado’ mata dois casais de idosos!
Os covardes crimes aconteceram num espaço de meia hora, no bairro Agua Comprida


A.F. de Figueiredo, 77, e o marido G. J. de Figueiredo, 83, estavam no aconchego do seu sítio, ao pé da noite, quando ouviram chutes na porta da cozinha. Ao abrir a porta Angelina recebeu um tiro à queima roupa no rosto, caindo ao chão já sem vida. Seu marido, que vinha atrás dela, reagiu e entrou em luta corporal com o assaltante, mas foi subjugado e recebeu também um tiro na cabeça, e teve morte instantânea. O brutal latrocida, sem testemunhas, revirou toda a casa dos anciãos em busca de dinheiro e dobrou rapidamente a serra do cajuru.
O segundo crime no mesmo bairro havia acontecido meia hora antes, ainda no crepúsculo da noite. Tão violento quanto.
E. G. Rodrigues, 59, e M. L. da Conceição, 57, anos, estavam cuidando dos netos, no mesmo bairro, quando ouviram batidas na porta. Ao abri-la, M.L. viu o cano frio de um trezoitão apontando pra ela. Instintivamente tentou fugir… e recebeu um tiro de raspão no pescoço. Apavorada correu para o banheiro gritando pelo marido e pelo neto JR, de 09 anos. O garoto entregou rapidamente uma espingarda cartucheira para o avô e correu também para o banheiro, levando com ele o telefone. Enquanto do interior do banheiro M. L. pedia socorro, o marido era assassinado na sala com dois tiros, um de revolver e outro da sua própria cartucheira que não chegou a disparar. O assaltante agitado e noiado, deu o primeiro tiro trespassando o tórax do aposentado e com a espingarda deu o tiro de misericórdia na cabeça.
Mesmo baleada no pescoço M. L. conseguiu chamar a polícia. Quando a campainha do telefone tocou para confirmar a ligação, foi descoberta pelo assaltante, o qual começou chutar a porta. Tentando defender o neto e a neta, que também estava nalgum lugar da casa, M. L. entreabriu a porta do banheiro para negociar com o assaltante… e recebeu um tiro letal na boca!
Preocupado com a irmãzinha de 8 anos, JR saiu do banheiro onde estava a avó sem vida e correu para o quarto, indo se esconder debaixo da cama com a irmã. Ali, abraçadinhos, viveram segundos de terror e horas de tensão e medo.
Depois de revirar os outros cômodos da casa, o assaltante foi ao quarto e passou a revirá-lo também, empurrando a cama para o canto. À medida que o bandido empurrava a cama, JR e a irmã iam se esgueirando de costas para o canto até encostar na parede. Em dado momento o bandido levantou o colchão, mas, entre o estrado e o colchão havia uma proteção de papelão e o bandido não os viu!
Desvairado, o assaltante foi embora levando a cartucheira e migalhas em dinheiro, deixando para trás um rastro de sangue e as crianças tremulas debaixo da cama. Na manhã seguinte, ao chegar para o trabalho, a empregada encontrou os irmãozinhos imberbes ainda sob a cama no canto do quarto, com as roupas de baixo marcadas pelo terror e desespero. O casal de idosos, gélidos, inertes, sem vida, estavam estendidos no chão, M.L. no banheiro e o marido na sala.

Por onde andará o assassino dos quatro velhinhos de Cambui?

 

*** Para continuar essa viagem, embarque na página 339 do livro “Meninos que vi crescer!”

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