Larissa…

Estuprada, assassinada e jogada na lata de lixo!

O assassino se inspirou no clássico da literatura russa para cometer o crime.

Nove da manhã do dia 11 de outubro…

A costureira Joana arrumou o quarto, varreu a casa, arrumou a cozinha, juntou o lixo e foi levar ao coletor na rua, na extremidade da pracinha. Quando levantou a tampa do coletor laranja para colocar o lixo, o saco escorregou de suas mãos! O que viu fê-la perder as forças… As pernas bambearam! O queixo caiu! Demorou alguns segundos para recuperar o fôlego e soltar o primeiro grito! Dentro do coletor de lixo havia um corpo… Um corpo de mulher, ensanguentado… Sem vida!

No IML de Pouso Alegre, o médico legista contou 59 ferimentos à faca. E viu também vestígios de estupro. Depois da necropsia o corpo recebeu a etiqueta: “desconhecido”, e foi colocado na geladeira. Na tarde do mesmo dia o corpo frio e maltratado ganhou um nome:

“Larissa”

Depois de procurar na casa de amigos, de parentes, de um possível namorado, no hospital, e todos os cantos mais, a família foi à delegacia registrar o desaparecimento… E encontrou o corpo da menina no IML!

Larissa era apenas uma menina alegre, vivaz, sonhadora, ingênua… como a maioria da sua idade. Não tinha envolvimento com drogas e nem com qualquer tipo de crime. Não era sequestrável e nem ‘assassinável’. Seu bárbaro assassinato era um mistério.

Os detetives varreram as imediações da pracinha, sacudiram metade dos colegas, funcionários e professores da E.E.M. Jose Paulino, onde ela estudava, mas tudo foi em vão… não encontraram motivos para o bárbaro crime e nem o assassino!

Embora não houvesse muitos crimes na cidade na ocasião, a policia esqueceu do caso. Por falta do fio da meada para prosseguir a investigação, o caso Larissa – estuprada, assassinada e jogada na caçamba de lixo – foi para o freezer…

Só os parentes continuaram cultivando seu sorriso nas fotos, e alimentando a saudade…

O crime é cercado de mistérios e nuances de coisas do além, coisas que ficam escondidas nas esquinas da psique humana; que ora torce para a pessoa se dar bem… E a protege! Ora torce para ela se dar mal… E a delata!

O assassino inspirou-se em um clássico romance da literatura russa para matar a garotinha. Ele queria fazer melhor que Raskólnikov… Ele queria cometer o crime e ficar impune!

Será que ficou?

 

  • Essa macabra história – real – começa na pagina 271 do livro “Quem matou o suicida”.

O livro está à venda…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *