A vítima era ‘morador de rua’ e fazia ‘bicos’ de ‘chapa’ nas imediações do mercado municipal.
O funesto crime aconteceu na noite ainda criança deste domingo Dia Internacional da Mulher, no bairro Recanto dos Fernandes, ao norte da cidade. Vitima e algoz, que viviam na rua, se abrigavam da chuva sob a mesma marquise de uma loja de produtos agrícolas na Avenida Alberto Paciulli quando se desentenderam e entraram em vias de fato. Durante a discussão, o mais jovem, de cerca de 35 anos, acabou sobrepujando o companheiro e o matou com uma camisa envolta em seu pescoço. Parte das cenas foram presenciadas por uma testemunha que passava pelo local no momento da contenda.
Tão logo chegou ao local do macambúzio crime e constatou o óbito, a polícia militar, seguindo pistas de amigos ocultos da lei, saiu na sombra do assassino. Ele foi abordado pouco tempo depois ainda nas imediações do local do crime. No momento da abordagem policial o suspeito tinha as vestes em desalinho, com sinais da luta e alguns pertences da vítima. Apesar das evidencias o suspeito jurou de pés juntos que era inocente. Mas recebeu as pulseiras de prata e pegou carona no táxi do contribuinte para a DP.
A polícia não divulgou o nome do autuado e desconhece os motivos do crime. No entanto, presume-se que tenha resultado de uma discussão banal entre vítima e algoz estando ambos sob os efeitos do álcool. A causa mortis, segundo o delegado de homicídios, foi asfixia por enforcamento com a camiseta.
Depois de sentar-se ao piano do paladino da lei e assinar o 121, o homicida pegou o taxi do Magaiver e foi se hospedar no Hotel do Juquinha. As investigações continuam abertas.
Agnaldo “Baianinho” Neves dos Reis, 50 anos, embora vivesse na rua, por opção, tinha família em Pouso Alegre. Ele vivia de fazer bicos como ‘chapa’ nas imediações do Mercado Municipal, era pacato e bem quisto pelas pessoas que o conheciam.
Esse foi o segundo homicídio do ano em Pouso Alegre em 2020. Sessenta e um dias depois do primeiro!