… E levam R$2.118 da aposentada. Para juntar o dinheiro e entregar a quantia aos vigaristas, a Sra. “Tê” precisou ir a dois bancos e uma financeira!
A abordagem da dupla aconteceu no início da manhã desta terça-feira, 26, no centro de Pouso Alegre. Seguia dona “Tê” bela e faceira pela Av. Doutor João Beraldo quando a jovem alta, loira de cabelos amarrados, usando blusa amarela estampada e calça jeans – com cara de pelamordedeus – se aproximou e pediu uma informação. Em seguida disse que tinha um bilhete premiado, mas não tinha como receber o prêmio pois seus documentos haviam sido queimados!
Neste momento apareceu Finorio… cinquentão, alto, magro, cabelos grisalhos e bem trajado. O típico sujeito bondoso, acima de qualquer suspeita! Ao vê-lo se aproximar, Simploria pediu-lhe para checar se de fato o bilhete era premiado. Era! Estava lançada a rede…!
Para enrolar a aposentada na teia de aranha bastavam Simplória e Finório, mas apareceu mais uma Finória. Esta também jovem, cerca de 30 anos, bem apessoada. Foi ela quem acompanhou dona “Tê” à caixa econômica federal onde ela sacou R$998. Da caixa foram para o Magazine Luiza. Lá dona “Tê” fez um empréstimo de R$770. Numa casa lotérica no centro, ela sacou mais R$ 350, colocou tudo dentro de um envelope e entregou para a Finória.
A historia da aposentada de 63 anos, que mora no bairro da Saúde em Pouso Alegre, – onde passei minha doce adolescência – como toda historia de pessoas que caem no conto do vigário e são contadas pela metade, não é muito clara. Segundo ela, quando passavam pela avenida Dr. Joao Beraldo, que seria o caminho da sua casa, Finório pediu a ela que fosse à casa dele, na rua Cel. Otavio Meyer, paralela com a avenida, buscar seus documentos para poderem ir à caixa sacar o premio. E neste momento pediu a ela que deixasse com os três o envelope com o dinheiro!
“É muito perigoso ficar andando por aí com tanto dinheiro na bolsa…”, teria dito o Finório bem apessoado.
Antes que ela se afastasse, o mesmo Finório pediu a ela que colocasse os dois cordões de ouro que ela levava no pescoço, dentro do envelope com os dois mil e cento e dezoito reais… da ‘prova de confiança’! E lá foi dona “Tê” procurar um endereço que jamais encontraria! Quando voltou ao local onde deveria estar o trio de vigaristas segurando sua bolsa com dinheiro e joias… só o pó! Simplória, Finório e Finória já havia dobrado a serra do cajuru!