Ele só percebeu que o cartão havia sido trocado quando chegou a outro banco ali perto! Mas ja era tarde…

Crianças e velhos não tem maldade…

O velho golpe da troca de cartão magnético foi inventado pelos vigaristas no dia seguinte à invenção do próprio cartão! Para aplicar o golpe, o meliante só tem que chegar cedo à agencia bancaria, colocar um obstáculo qualquer em alguns caixas e ficar por ali como quem não quer nada, sempre disposto a ajudar o incautos. Suas vítimas prediletas são senhoras de aparência humilde e simpáticos velhinhos que sempre chegam cedo ao banco para sacar o pagamento da pensão ou da aposentadoria. Os ‘finórios’ se vestem sempre com sobriedade, camisa social, com a fralda por dentro da calça, como se fossem funcionários do banco e ficam na moita, com pintas de somongó, esperando o momento certo para dar a ‘bicada’ e levantar o voo rasante.

A vitima da vez foi o sr. V.V., 83 anos, morador do bairro do Cruzeiro, em Pouso Alegre. Quando ele colocou o cartão na maquina para pagar alguns boletos e a maquina ‘engripou’, o ‘finorio’ de cútis morena, estatura mediana, usando terno preto e gravata se aproximou e tascou a pergunta costumeira:

– Posso ajudar?

Ao ver a indumentaria do finório, se dizendo funcionário da Caixa, o bom velhinho aceitou a ajuda, mas, mesmo assim não conseguiram acessar nenhum caixa eletrônico.

– Acho que estão todos fora do ar. Volte mais tarde… – orientou o pseudo funcionário devolvendo o cartão ao aposentado.

Agencia central da CEF em Pouso Alegre

Para não desperdiçar seu valioso tempo de aposentado, “seu” V.V. saiu da agencia da CEF, na praça Senador Eduardo Amaral e foi à agencia do Mercantil, na Dr. Lisboa fazer outro pagamento. Foi lá que ele percebeu que o ‘seu’ cartão da CEF não era o seu! Mesmo assim o velhinho não ‘maldou’ da situação. “O funcionário deve ter trocado meu cartão, por engano”, pensou ele, e voltou imediatamente à Caixa. E, pasmem! Finorio ainda estava lá… E o enganou pela segunda vez! Ao ser interpelado sobre a troca do cartão, o Finório encaminhou o velhinho para falar com o gerente e continuou no hall dos caixas eletrônicos. Mas por menos de um minuto. Quando V.V. voltou ao hall com o gerente, o suposto funcionário de cútis morena e terno preto já havia dobrado a serra do cajuru levando seu cartão… e o dinheiro da sua conta! Pelo extrato bancário, havia duas transações na conta do velhinho nos minutos anteriores. Um saque de R$6 mil e um empréstimo de R$ 4 mil e quinhentos reais.

E o seu vovozinho! Ele costuma ir ao banco sozinho?