O andarilho paranaense de 37 anos, com passagens pela polícia de vários Estados, teve a prisão autorizada pelo Homem da Capa Preta.
A morte do casal de andarilhos, cujos corpos foram encontrados na manhã desta quarta-feira, sob a ponte do Rio Sapucaí Mirim, no bairro Belo Horizonte, em Pouso Alegre, não foi acidental. Segundo investigação da polícia civil, o corpo do sexo masculino tinha fraturas na cabeça, e ambos tinham fuligem nas vias respiratórias, o que indica, segundo o laudo de necropsia, que o casal foi queimado vivo. Ainda segundo a policia, o corpo feminino, parcialmente carbonizado, estava despido e pode ter sofrido violência sexual.
Segundo comentários que “circularam nas redes sociais” logo em seguida ao encontro dos corpos, na quarta-feira, o casal é de Alfenas. A mulher seria uma médica veterinária, usuária de drogas, que teria ‘desandado’ de vez e se tornado andarilha na companhia do namorado. A investigação policial aponta, apenas, que o casal frequentava o local em que foi morto, há cerca de um mês.
Para a policia civil, as vitimas carbonizadas, R.S.T. e G.A.D.S. tem entre 35 e 40 anos. Os corpos, que ainda são ‘peças’ de Inquérito Policial em andamento, foram enterrados no cemitério municipal de Pouso Alegre, onde ficarão pelos próximos seis meses, até que exames de DNA feitos pelo IML de BH confirmem a identidade do casal.
O suspeito do duplo e hediondo crime foi preso no início da noite de quarta-feira. Segundo a investigação policial, ele fora visto adquirindo bebida alcoólica nas imediações do sinistro na véspera do crime. No momento da prisão ele estava completamente embriagado, o que prejudicou o interrogatório. Depois de um dia inteiro de investigações o delegado de homicídios, Rodrigo Bartolli reuniu indícios e provas suficientes para pedir sua prisão temporária. Enquanto os investigadores juntam as provas, o suspeito ficará hospedado por conta do contribuinte, no Hotel do Juquinha. O paranaense de 37 anos, tem passagens pela policia dos Estados de São Paulo e Minas, por crimes de ameaças e lesões corporais. Se for condenado, ele deverá interromper sua vida de andarilho pelos próximos 30 anos.