A jovem transportava cocaína, e as cápsulas se romperam no estômago…

      Transportar drogas no ânus, na vagina ou no estômago, para o interior dos presídios no Brasil, é quase como levar um pão-de-ló numa sacolinha! Com a diferença de que a sacolinha, o agente carcereiro pega, apalpa, abre e checa seu conteúdo! Depois de passar pela vistoria, já no interior do presidio, basta ir ao ‘boi’ e forçar o … ‘dois’! Ou, enfiar o dedo na garganta e vomitar – literalmente – a droga.

Esse meio de transporte é usado também de uma cidade para outra, de um estado para outro e até… de um país para outro!

Essa semana uma linda jovem brasileira, capixaba de 28 anos, fez mais do que isso! Levou – provavelmente – meio quilo de farinha do capeta, do Brasil para Portugal. Mais precisamente de Belo Horizonte para Lisboa. A perigosa empreitada da jovem mula Deyse Ricarte, no entanto, estava fadada ao fracasso. Pior, à morte. Antes de vomitar ou ir ao banheiro para expelir a droga, a mula brasileira morreu. Deyse estava em um hotel de Lisboa quando as cápsulas se romperam no seu estômago e a droga entrou na sua corrente sanguínea causando a overdose.

Aproximadamente meio quilo da pasta base de cocaína, suficiente para produzir entre quatro e cinco quilos de barangas de farinha do capeta, que seriam vendidas à vinte ou trinta euros cada uma – dependendo da quantidade de mistura da droga e da lei da oferta e da procura – renderia à mula algo em torno de R$ 60 mil reais… No entanto custou-lhe a vida.

Deyse Ricarte embarcou no aeroporto de Belo Horizonte no dia 08 de julho e morreu madrugada do dia 09 em um hotel de Lisboa. O Consulado do Brasil na capital portuguesa tomou conhecimento do fato no dia 10, e comunicou o Ministério da Relações Exteriores. O caso só foi divulgado para a imprensa nesta sexta-feira,13.

A policia federal dos dois países coirmãos vai investigar o caso. Enquanto isso, os agentes consulares estão providenciando o traslado do corpo da jovem traficante de drogas para o Brasil.