PM aproveita a chegada do ‘nóia’ para comprar a droga para surpreender o casal.
Pareciam cenas de cinema. Na esquina da rua Sapucaí um sujeito sem camisa, de short colorido, boné e chinelão, acena para outro sujeito indicando o local, na rua Juruá, onde ele acharia o que estava procurando. Ele se aproxima do portão indicado pelo olheiro, saca uma nota de dez da algibeira e chama alguém… Nesse instante um sujeito aparece no corredor em direção ao portão e, de repente grita para alguém dentro de casa: “Moiô”!
Uma jovem aparece na janela e antes que faça qualquer movimento, uma voz de cima do muro dá uma ordem: “coloque as mãos na cabeça e caminhe na direção da porta”. Ela caminha, mas ao passar por um tanque de lavar roupa dispensa o que levava na mão! Nos três pontos diferentes do logradouro, cada um dos atores recebe as pulseiras de prata da lei ao mesmo tempo.
É assim a rotina de uma das infindáveis biqueiras de drogas na baixada do Mandú em Pouso Alegre.
No finalzinho da tarde deste domingo, 18, havia mais atores em cena… Quando o nóia Alexandre bateu no portão para fazer o pedido da droga, dois policiais o enquadraram! De cima do muro, a senhora Daniela recebeu ordem de outro policial para levantar os braços e travar as pernas! Seu companheiro Robison, também foi imobilizado no quintal, antes de concretizar o negócio com o nóia.
Durante as buscas na biqueira os policiais encontraram balança de precisão, fitas adesivas e laminas cheirando a pedra bege fedorenta. Aquele pacotinho que Daniela havia jogado no taque continha 13 pedras de crack embaladas para venda.
Robison Fernandes, 44, sua amásia Daniela Borges dos Reis, 39, e o nóia Alexandre Cesar Gonçalves, alegaram todos que são apenas usuários da droga. Mas não teve choro e nem vela e nem fita amarela, desceram todos no táxi do contribuinte para a DP. O casal sentou ao piano e assinou o 33.
Essa foto não é da rua Juruá
Não Silvio. A Rua Juruá é pequenininha, apertadinha, começa na Sapucaí, vai fazendo uma curva e sai da Rua Nova.
Abraços.