Ela foi agarrada por trás e jogada pelo assaltante ao chão!
“Conto do Vigario”, “Conto do Sobrinho e o carro quebrado”, “Conto do falso sequestro”, “Conto do cartão fantasma” que desaparece das mãos no interior da agencia bancaria! Estes são os mais conhecidos embustes para tomar o suado dinheirinho de aposentados nas proximidades de bancos… Sete em cada dez vítimas destes estelionatos são mulheres idosas, vovozinhas com idade acima de 60 anos!
Mas elas são vitimas também de crimes mais violentos tais como furtos e roubos! Nossos velhinhos – e às vezes nem tanto – precisam de autonomia. Precisam administrar suas parcas economias, precisam de liberdade para caminhar, sentar no banco da praça, conversar com os amigos – cada vez mais escassos – sem uma babá impaciente do lado ditando normas sempre proibitivas…! Mas isso tem que ser combinado com os assaltantes lombrosianos e brucutus que se comportam como hienas ou abutres, que vivem à espreita como somongós esperando o momento de maior fragilidade para dar o bote! Nossos velhinhos têm e precisam dessa liberdade para um final de vida mais digna! Mas essa liberdade precisa ser assistida, vigiada à meia distância, pois eles são frágeis, puros e bons e medem as pessoas pela própria régua, ou seja: não acreditam na maldade! E por isso mesmo estão à mercê destes embusteiros e assaltantes pés-de-couve, notadamente dos descompensados amantes da pedra bege fedorenta.
Vou citar apenas os tres últimos casos cá em terras manduanas:
Dona G., 83 anos, estava sozinha em um sitio no bairro dos Afonsos, a quatro quilômetros do centro de Pouso Alegre na quarta-feira passada, quando dois guampudos chegaram. Eles disseram que pertenciam a uma empresa de ‘medição’ e precisavam medir o seu quintal. A boa velhinha não viu nenhum perigo ou maldade nisso e permitiu a entrada dos dois lombrosianos. Mais tarde ela se deu conta de que os dois facínoras haviam visitado sua bolsa que estava sob a mesa e levado seu cartão bancário com senha anotada no papel e setecentos reais. E não ficou só nisso! No dia seguinte ao consultar seu extrato bancário a vozinha quase caiu de costas! Os “medidores’” de quintal de velhinhas haviam consumido R$ 200 no posto Petromix em Pouso Alegre, R$ 705 na Churrascaria Gaucha e R$ 872 na Real Pneus, tudo no dia 28. Os mequetrefes continuaram em direção à capital do Estado e no dia 01 gastaram mais R$120 no Posto Castelo, em Oliveira.
No meio da manhã desta segunda a senhora J., 75 anos, passava pelo bairro São Jose, quando de repente sentiu um par de braços e mãos abraçando-a por trás. O sujeito queria sua bolsa. E tomou! A aposentada bem que tentou defender seu rico dinheirinho que havia acabado de sacar na Caixa, mas foi vencida. Para levar sua bolsa com tudo dentro, inclusive os R$754, o meliante jogou a vítima ao chão! Inconformada com a violência e covardia, a velhinha seguiu o lombrosiano até as proximidades do CEU e só desistiu de perseguí-lo quando a figura soturna e sombria se embrenhou no matagal em direção à baixada do Mandu. Do posto Tiger onde esperou pela chegada da policia dona J. foi levada para o PS com escoriações no nariz.
O Caso da senhora L.C., moradora do Cervo, só não foi pior porque ela não sofreu violência física… Mas teve sua conta bancaria esvaziada em mais de quinze mil reais. Ela procurou a polícia na manhã desta segunda-feira,05, e contou que ao consultar seu extrato bancário, descobriu vários saques e compras que não fez. Teve saque de R$500, de R$900, de R$1.900 e compras de variam de R$ 1.049 a R$ 8.978. Segundo dona L.C., 86 anos, ela não sabe como seus dados pessoais e seu cartão foram parar nas mãos de outra pessoa. Ela não sabe nem onde o “golpe do cartão magico” aconteceu!
Como se vê, além dos direitos a uma velhice digna, nossas vovozinhas precisam também de um ‘Chapolim Colorado’… Ou de um trabuco!