Ao ‘escorregar’ na baliza, o garoto tentou ‘comprar’ os examinadores para aprova-lo no exame de baliza… E foi preso!
O imbróglio aconteceu ao pé da manhã desta segunda,15, na cidade de São Lourenço, circunscrição do 17º DPC de Pouso Alegre.
Deu tudo errado para o jovem Giovani Belo dos Santos, 18, morador da cidade serrana de Itamonte. Ele foi fazer os exames de motorista pela primeira vez e, por garantia levou R$2.400 na algibeira para, caso não passasse nos exames, comprar a aprovação. Ainda na fase de baliza ele cometeu as falhas suficientes para ser reprovado. Mas não se deu por vencido. Antes de descer do carro Giovani sacou um embrulhinho de bala da algibeira e fez a proposta indecente:
– Moço, por favor não me reprove… Estou com o dinheiro aqui. Eu trouxe os R$ 1.200 para pagar o exame.
O examinador nada respondeu. E enquanto finalizava a pauta, outro examinador se aproximou do veiculo e Giovani repetiu:
– Por favor, não me reprovem porque eu estou precisando da carteira. Eu ouvi dizer que se pagasse R$1.200,00 por cada fase do exame – baliza e direção – eu passaria. Eu estou com o dinheiro aqui!
Ao ver a nuvem negra no rosto dos examinadores e prevendo a tempestade, a instrutora da autoescola de Itamonte tentou intervir…
– Por favor, relevem. Não levem em consideração o que ele está dizendo… Ele é muito novo, não sabe o que está falando!
Mas não teve choro e nem vela e nem fita amarela… Giovani recebeu as pulseiras de prata, desceu no taxi do contribuinte e foi sentar-se ao piano do paladino da lei na DP. Lá o jovem candidato a motorista abriu mais ‘páginas do imbróglio’. Disse que tomou conhecimento que era prática comum pagar para ser aprovado nos exames, por isso combinou com a instrutora de Marcela que levaria dois pacotinhos R$1,2 mil separados, embrulhados em papel de bala para dar aos examinadores para ser aprovado em cada fase do exame. O dinheiro seria, segundo ele, entregue à instrutora, mas como não teve contato com ela antes de entrar no carro, resolveu entregar diretamente ao examinador, porque, segundo ele, acreditou que todos os examinadores participavam do suposto esquema de aprovação no exame de direção.
Giovani de fato portava dois pacotinhos de R$1,2 mil na algibeira. Além do dinheiro, pivô do infortúnio do jovem, a polícia apreendeu também seu aparelho celular, a fim de investigar suposta participação da instrutora Marcela Cristina Batista Parrela no crime de corrupção passiva.
Giovani assinou o 333 do Código Penal, cuja sanção privativa de liberdade varia de 2 a 12 anos de estadia gratuita no Hotel do Contribuinte.
Fico com pena dele, apesar de errado…agora precisam investigar e prender também os integrantes do esquema entre auto escola e alguns examinadores.
Quer dizer que se pagar passa? isso tem que ser investigado com mais rigor, pois se levou dinheiro é por já sabia como funcionava o esquema, ou estou enganado?