O funesto crime aconteceu às cinco e meia da tarde desta terça, 03, na Praça Dr. Garcia Coutinho, atrás da Catedral Metropolitana de Pouso Alegre, diante dos olhos de quem quisesse ver.
Os motivos?
Desentendimento corriqueiro entre desocupados, amantes de Severina do Popote e usuários de drogas, egressos do Hotel do Juquinha que nunca mais se aprumaram na vida. O autor dos golpes de facão é Luciano Zacarias da Silva, 29, natural de Pernambuco, há anos rodando o Brasil sem nem um passarinho para tratar! Sua capivara é modesta: constam apenas os artigos 129 e 147 do CP. Sua ultima estadia por conta do contribuinte foi em São Sebastião do Paraiso, no sudoeste mineiro.
O sujeito que escapou por pouco de colher cacau pela raiz é Ricardo Machado da Conceição, 32, morador da Rua Maria Porfiria na ‘baixada do Mandu’. Em sua capivara constam os artigos 28 e 33 da Lei antidrogas. Sua ultima passagem pelo Hotel do Contribuinte foi em 2011.
Ambos poderiam estar debaixo do teto de uma fabrica ou mesmo debaixo de uma lata de concreto ganhando o pão de cada dia! Mas na verdade o que eles gostam mesmo é de enxada de cabo longo… Para ficar beeeem longe do trabalho! Vitima e algoz são – como diz o colunista J.R.Guzo – cachaça da mesma pipa!
A sanha assassina do pernambucano vira-mundo, foi motivada, segundo ele contou aos policiais militares, por questões passionais…
– Ele – Ricardo – vinha mexendo com minha mulher! Eu queria matar ele mesmo! E vou matar minha mulher também… – teria dito ele ao receber as pulseiras de prata da lei a poucos quarteirões do local do crime.
O homicídio só não foi consumado porque, ao ver o sangue do desafeto correndo na escada da pracinha depois de uma dúzia de golpes de facão, o pernambucano furioso pensou que já havia atingido seu intento, e foi embora! Levado pelo Samu para o P.S. do Regional Samuel Libânio, Ricardo sobreviveu aos ferimentos.
O sangrento crime aconteceu desta vez há poucos metros atrás da igreja matriz de Pouso Alegre, um dos locais mais movimentados da cidade em hora de pico. Com tantos mendigos, andantes, desocupados e nóias em Pouso Alegre, a grande maioria ‘fazendo ponto’ ali no coração da cidade, e a ‘agitada inercia’ das autoridades publicas com o espetáculo, muito em breve a deprimente cena se repetirá na frente da igreja, onde eles também ‘enfeitam’ o local! Bem diante do olhar piedoso do nosso padroeiro São Bom Jesus…!