O imbróglio aconteceu ao pé da noite de sexta, 7, na Avenida 19 de Outubro, no Chapadão.
Estava o farmacêutico Adriano Cesar Pereira Braga quieto no seu canto cuidando do seu comercio quando ali chegou o meliante Marcos Claudino da Silva e foi logo se servindo nas prateleiras. Sem mais delongas o moço agitado passou a mão em duas caixas de tintura para cabelos e um frasco de desodorante e rapidamente tentou dobrar a serra do cajuru!
Vendo que estava sendo roubado o comerciante Adriano, que – nas horas vagas é também – vereador na atual legislatura da Câmara Municipal de Pouso Alegre, saiu na sombra do ladrão pé-de-couve, lutou com ele, rolou com ele na poeira, tomou-lhe a res furtiva, aplicou-lhe uma chave de braço, dominou-o e o entregou aos homens da lei!
A reação e ação do nobre edil, acostumado a acalorados debates na câmara municipal, segue na esteira que todo cidadão gostaria de ter: “prender o seu próprio ladrão”! No entanto é necessário salientar que Adriano da Farmácia foi por vários anos militar do exercito, recebeu treinamento e possui certa destreza física para dominar o inimigo. Além do que, o meliante pé-de-couve, há anos debilitado pelo consumo nefasto do crack, não ofereceu tanta resistência física. Apesar disso, ele poderia estar portando uma lapiana ou um trabuco! E aí o desfecho poderia ser outro. Por isso, embora todos tenhamos o desejo oculto ou não de matar a cobra e entregá-la com o pau à justiça, é sempre bom lembrar o velho recadinho: “Não tente fazer isso em casa”!
Marcos Claudino da Silva, 40, estreou o velho Hotel da Silvestre Ferraz em Pouso Alegre em 1995, quando assinou o 171. De lá para cá já assinou 140, 147, 155, 163, 180 e 330 do CP. Deixou o Hotel do Juquinha no dia 05 de maio em liberdade condicional.
Depois de tropeçar nas garras do vereador Adriano da Farmácia e assinar seu enésimo 155 o meliante pé-de-couve, consumido pela pedra bege fedorenta, voltou para o lar-doce-lar do Hotel do Juquinha!