Tudo começou com uma operação de rotina na famosa Praça João Pinheiro, antiga praça da rodoviária velha e atual ponto de encontro de usuários de drogas. Ao ser abordado pela PM o garotão L.H.R. tentou dispensar um baseado debaixo do banco da praça. Pilhado em flagrante, ele levou os policiais até a residência da pretensa sogra Gleicivania da Costa Silva no velho Aterrado. Com a entrada franqueada pela dona da casa, os policiais vasculharam o imóvel e encontraram meio quilo de pedra bege fedorenta. A droga estava mocosada sobre o guarda roupa de Gleicivania. Embora a droga estivesse em sua casa, Gleicivania jurou de pés juntos que não sabia de sua existência.
– O Luquinha namora com minha filha, mas mora na casa do pai dela… De vez em quando ele vem aqui com ela. Deve ter guardado a droga no meu quarto! – garantiu ela.
Para corroborar com as declarações da futura sogra, Luquinha, de 15 anos, assumiu total paternidade da droga.
– Eu comprei o tijolo de um ‘cara aí’ – Joao Tapira, certamente! – e ia fracionar em pedras para vender a R$10 cada uma… – Afirmou o garotão sem medo de ser feliz!
Gleicivania da Costa Silva, portadora de deficiência física, filha de pai e mãe condenados por trafico de drogas, foi presa no dia 14/10/2009 também por trafico. Passou por avaliação no hospital psiquiátrico Jorge Vaz em Barbacena e no dia 28 de agosto de 2011 ganhou a liberdade condicional.
Apesar da conturbada vida pregressa, a delegada de plantão não vislumbrou provas suficiente para enquadrar Gleicivania no 33. Por isso deixou de ratificar o flagrante e a devolveu à liberdade.
O garotão Luquinha, que se diz dono do meio tijolo de crack – a outra metade já deve ter vendido – e já foi apreendido anteriormente levando um trabuco na cintura, como é inimputável, também voltou para casa nos braços de um representante legal!
Pelo menos voltou para casa cerca de cinco mil reais mais pobre…!