Estavam os homens da lei rondando a cidade quando receberam a denuncia do amigo oculto…
– Tem um sujeito assim assado usando e vendendo drogas na porta de um barzinho próximo à faculdade de direito!
Chegando ao local os policiais depararam com o cidadão Evander Augusto da Silva com a mão no Loló. Na verdade ele estava viajando no rabo do cometa, alegremente cheirando o Loló e nem deu bola para a presença da policia. Levava na bolsa três capsulas vazias de farinha do capeta, uma baranga de erva marvada e um frasco grande de “Loló”, ou lança perfume, a droga dos foliões dos anos 70 e 80!
Evander Augusto da Silva, 22 anos, morador do Cidade Jardim, explicou aos policiais que comprara os ingredientes em farmácias e casas de materiais de construção, para fabricar o Loló para consumo próprio. Mas, como estava usando em publico, algumas pessoas viram e quiseram comprar…
– Eu só vendi umas quatro ou cinco doses a cinco e dez reais cada uma. Os caras inalaram aqui mesmo comigo. – Ele levava na algibeira R$563, mas disse que o dinheiro era pagamento do seu salario!
A droga cheirosa e aparentemente inofensiva dá sensação de felicidade e deixa qualquer um rindo à toa. Mas ao ser inalada, geralmente em lenços umedecidos, ela acelera a frequência cardíaca podendo chegar a 180 batidas por minuto. Seus efeitos podem causar desde um pequeno zumbido no ouvido até o ruído de um helicóptero pousando ou levantando voo e fortes alucinações. Se inalada em grande quantidade pode destruir as células do cérebro e causar parada cardíaca, levando naturalmente à morte. Por estas e por outras o Loló – mistura de solventes químicos com essência perfumada – é considerada droga pela Lei 11.343.
Como além de cheirar o seu próprio Loló, Evander vendia o seu Loló para as pessoas que queriam sentir a sensação de felicidade, o delegado de plantão o enquadrou no artigo 33. E lá foi Evander Augusto, todo sorridente se hospedar no Hotel do Juquinha…!
lolo n ajuda ninguem