O assalto aconteceu no meio da tarde da sexta, 14 de março de 2014. Após tomar o dinheiro dos caixas, de revolver em punho, os assaltantes tentaram fugir numa moto roubada. Neste momento o policial militar que estava casualmente na lotérica, à paisana, tentou prendê-los e houve troca de tiros, na qual um dos assaltantes foi atingido de raspão e o policial no abdome. Gabriel foi socorrido por um taxista, mas morreu na madrugada seguinte na UTI do Hospital Regional Samuel Libanio.
A morte violenta e injusta do policial no cumprimento do dever profissional, causou comoção na população. Milhares de pessoas acompanharam seu velório e féretro ao cemitério Jardim do Céu onde foi enterrado com honras militares.
Após atirar no policial que tentava prendê-los, os assaltantes – um deles ferido de raspão – fugiram e trocaram a moto por um carro que os esperava numa ruela do bairro da saúde. No final da noite daquele mesmo dia, numa operação conjunta das policias civil e militar, quatro envolvidos no crime da lotérica e um suspeito foram presos. A dupla que executou o roubo e atirou no policial, o suspeito de ter emprestado o carro para fuga e um casal que abrigou os assaltantes no bairro São João. Desde então eles estão hospedados no Hotel do Juquinha à espera do julgamento.
A audiência preliminar será nesta segunda, 03, no Fórum Orvieto Butti. Cada um dos envolvidos no assalto e assassinato do Subtenente Gabriel Alvarenga poderá pegar de 12 a 30 anos de cana!
A policia chegou aos autores do latrocínio após localizar em frente o numeral 115 da Rua “F” no Jardim São João o veiculo VW Passat Flash, prata, placas GLW-5873, ano 1987, cujo documento está em nome Adilson Celio Moreira, pai de Thamires, usado na fuga. O Passat estava em frente a oficina mecânica onde trabalha Jean Felipe Mendes da Silva. Não há indícios de sua participação no crime, até porque, para resgatar a dupla na moto no bairro da Saúde, bastaria o comparsa Angelo Gabriel, em cuja residência foi encontrado parte da res furtiva. O comprometimento do mecânico Jean Felipe, em tese, seria “tentativa de obstrução do trabalho policial”, pois, ao ser interpelado pelos policiais, ele teria dito que o Passat estava parado perto da oficina há dois dias, o que não condiz com a realidade, uma vez que em seu interior foram encontradas roupas usadas pelos assaltantes. Ainda assim, sua prisão foi mantida pelo Homem da Capa Preta. Nas audiências que começam esta semana, Jean Felipe terá oportunidade de provar sua inocência.