Para refletir no fim de semana…

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     “Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve. Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse.

     Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a unica maneira de poderem sobreviver.

     O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha pele escura. Então raciocinou consigo mesmo:

– Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro! –

E guardou-a protegendo-a dos olhares dos demais.

    O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma divida. Olhou ao seu redor e viu um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele calculava o valor de sua lenha e, enquanto sonhava com seu lucro, pensou:

– Eu dar minha lenha para aquecer um preguiçoso? Nem pensar!

     O terceiro homem era um negro. Seus olhos faiscavam de ressentimento. Não havia em seus olhos qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento ensina. Seu pensamento era mais pratico;

– É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem! – E guardou sua lenha com cuidado.

     O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Este pensou:

– Esta nevasca pode durar dias! Vou guardar minha lenha.

     O quinto homem parecei alheio a tudo. Era um sonhador. Olhava  fixamente para as brasas. Nem lhe passava pela cabeça oferecer a lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas próprias visões – ou alucinações!? – pra pensar em ser útil.

    O ultimo homem trazia nos vincos da testa a nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido:

– Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem o menor dos gravetos!

     Com este pensamentos os seis homens permaneceram imóveis. A ultima brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou!

     No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados. Cada qual segurando um feixe de lenha!

     Olhando para aquele triste quadro o chefe da equipe de socorro disse:

 – O frio que os matou não foi o frio de fora… Foi o frio de dentro!

 

     Não deixe que a friagem que vem de dentro mate você!

     Abra seu coração e ajude a aquecer aqueles que o rodeiam…

     Não permita que as brasa da esperança se apague e nem que a fogueira do otimismo vire cinzas.

     Contribua com seus gravetos de amor e aumente a chama da vida onde quer que você esteja.

     E não nos cansemos de fazer o bem… Porque a seu tempo, ceifaremos, se não desfalecermos.”

 

Tenham todos um caloroso final de semana!

 

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