Policia Civil vai à caça e acerta três com um tiro só

"Cesinha" Milton de Souza foi o primeiro a receber as pulseiras de prata...

“Cesinha” Milton de Souza foi o primeiro a receber as pulseiras de prata…

     

 Estava a senhora V.B.Fonseca no interior de sua mercearia no bairro do Cervo, no meio da tarde do dia 24 de dezembro passado, quando um Gol vermelho parou na porta e do seu interior saltaram dois guampudos negros – desculpe, afrodescendentes – com cara de poucos amigos. Enquanto um gordo e baixo cuidou da vigilância externa da mercearia, o outro mais alto, magro e forte entrou, exibiu um trezoitão e fez uma proposta indecorosa:

– Vamos fazer um negocio bom para os dois: Você me entrega todo dim-dim do caixa e eu não aperto o gatilho…!

A proposta não era das melhores, mas era a única. Pelo menos era indolor! Por isso a comerciante preferiu não pechinchar… Entregou o que havia à disposição; R$ 2.700 em espécie e um cheque de cliente no valor de 270 reais.

Mal o gol pegou a estradinha que sobe a serra da “Praia” dona V. pegou o celular e chorou as pitangas para os homens da lei. O gol foi avistado e interceptado na estradinha sinuosa que separa a cidadezinha de Espirito Santo do Dourado do seu Distrito de Passa Quatro. O assaltante baixo e gordo era Agnaldo Estevam dos Santos, 40 anos. Sua companheira, que não chegara a descer do Gol, era Elida Silveira Coutinho, 43. O moço alto que entrara na mercearia da V. de arma em punho e fizera a proposta desigual era o pernambucano Cicero Paulo Galdino da Silva. Ele conseguiu embrenhar-se no matagal à margem da estradinha do Passa Quatro e “dar o chapéu” nos homens da lei.

Conseguiu ludibriar os policiais, mas não a justiça. Qualificado indiretamente, pois na manhã do assalto à mercearia o mesmo gol vermelho já havia se envolvido em um acidente na região, ele foi processado à revelia.     Semana passada o homem da Capa Preta decretou sua preventiva.

Cicero Paulo Galdino da Silva: O assaltante de mercearia no Cervo

Cicero Paulo Galdino da Silva: O assaltante de mercearia no Cervo

Na sexta, 11, pela manhã o delegado – triatleta –  Gilson Beraldo Baldassaris reuniu seus pupilos Teobaldo e André e foram à caça do ‘procurado’ no velho Aterrado. Antes de chegar ao assaltante de mercearia, avistaram na rua outro procurado pela justiça; Cesar Milton de Souza, com prisão antiga, decretada por trafico de drogas e mostraram-lhe as pulseiras!

A operação continuou e quando passavam pelas imediações do Estádio Municipal de Bangu no velho Aterrado, avistaram o velho conhecido João Galinha saindo do mato com pinta de somongó! Como o garotão é useiro e vezeiro na pratica de transportar erva marvada, farinha do capeta e pedra bege fedorenta de um lugar a outro nas imediações, resolveram dar-lhe uma geral. Na algibeira do garoto havia apenas uma baranga de farinha do capeta. No mato de onde o formiguinha saíra tinha mais uma dúzia de barangas da droga embalada no famigerado “ependorff”…

João Carlos Rodrigues da Silva, o “João Galinha”, não sabia até sexta feira, quantos anos tem! Mas sabia que na véspera, dia 10, fizera aniversario… Era o 18º! Portanto já era “dimaior! E assinou seu primeiro 33 como responsável criminalmente pelos seus atos…!

João Galinha: Estava saindo do ninho onde deixara os ovos de ouro!

João Galinha: Estava saindo do ninho onde deixara os ovos de ouro! Nem sabia que havia completado 18 anos!

Faltava ainda mostrar as pulseiras de prata para o assaltante do Cervo. Cicero Paulo Galdino da Silva ouviu a frase de gelar a espinha minutos depois em seu muquifo: “Teje preso”! E o trio de policiais que saíra à caça de manhãzinha, antes do almoço estava de volta à DP trazendo um trio de clientes do Hotel do Juquinha! Derrubaram três somongós com um tiro só…!

 

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